O governador Cláudio Castro (PL) anunciou sua disposição em acatar a decisão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que devolveu ao governo estadual a gestão do Sambódromo. Essa medida, porém, não é apenas administrativa; carrega consigo um peso político significativo, especialmente em meio à disputa pelo governo do estado em 2026.
A proposta, originada pelo deputado Rodrigo Amorim (União Brasil), foi aprovada com o suporte do presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (PL), um aliado de Castro e também pré-candidato ao governo. O cenário cria um clima de tensão entre Castro e o atual prefeito, Eduardo Paes (PSD), que almeja o mesmo cargo.
Castro reconheceu a política em jogo e declarou sua intenção de dialogar com a prefeitura e a Alerj para buscar um entendimento sobre o uso do Sambódromo. “Quando o parlamento toma uma decisão dessa, é nossa obrigação acatar. Mas entendo que existe uma questão política nessa ação”, afirmou.
Em resposta à derrubada do veto, Eduardo Paes criticou o movimento nas redes sociais, insinuando ironicamente que a gestão estadual deveria estar mais preocupada com as questões de segurança e finanças do Rio. “Isso tudo porque o Estado do Rio está muito seguro. Ou seja, com tempo e dinheiro para cuidar do Carnaval”, alfinetou Paes.
Castro, por sua vez, sugere que talvez a Alerj busque um modelo que não se restringa apenas ao Carnaval, pensando também em formas de rentabilizar o Sambódromo. “Quem sabe não fazemos algum abatimento e tenhamos um acordo?”, completou, deixando em aberto a possibilidade de um diálogo produtivo.
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