31 agosto, 2025
domingo, 31 agosto, 2025

Clínica onde incêndio matou cinco pessoas foi interditada em julho

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No caldeirão de desafios sociais e problemas de infraestrutura, o Instituto Terapêutico Liberte-se se destacou, não apenas como um centro de reabilitação, mas também como o cenário de uma tragédia inimaginável. Em 31 de agosto, um incêndio devastador cobrou a vida de cinco pessoas e deixou outras 11 com sintomas de intoxicação por fumaça.

A história começa em julho do ano anterior, quando a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) interditou a clínica, por funcionar sem a devida licença. Apesar da interdição, o Instituto desconsiderou a ordem e continuou suas atividades. Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal, o proprietário, Douglas Costa de Oliveira Ramos, afirmou ter solicitado o alvará, mas ele nunca foi expedido. Além disso, a clínica não havia nem mesmo sido inspecionada pelo Corpo de Bombeiros.

Durante cinco meses, a instituição operou sem supervisão, oferecendo um tratamento que incluía a internação de dependentes químicos por seis meses, com visitas e ligações regulares. A chamada para a intervenção veio de denúncias feitas à Ouvidoria do GDF, que acionou as autoridades para averiguar a situação.

Na fatídica madrugada do incêndio, por volta das 3h, o drama se desenrolou. Diversas vítimas foram resgatadas, mas cinco homens — Darley Fernandes, José Augusto, Lindemberg Nunes Pinho, Daniel Antunes e João Pedro Santos — não sobrevivem. O Corpo de Bombeiros atuou rapidamente, mas as chamas e a falta de autorização para funcionamento da clínica criaram um cenário trágico e complexo.

O incêndio, cujas causas ainda são desconhecidas, está sob investigação da 6ª Delegacia de Polícia. O drama humano é palpável, e o GDF expressou sua solidariedade, destacando que a autorização para funcionamento exigia vistorias detalhadas que jamais foram realizadas.

Após o incidente, a clínica divulgou uma nota lamentando a tragédia e se colocando à disposição das autoridades para colaborar nas investigações. “Reiteramos nosso compromisso com a transparência e com a apuração rigorosa dos fatos”, afirmaram.

Esse caso nos faz refletir sobre a importância de rigorosas normas de segurança e cuidados com a vida em instituições que lidam com questões tão sensíveis. E você, o que pensa sobre a responsabilidade dessas instituições em garantir a segurança de seus internos? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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