Em um anúncio que promete impactar os Jogos Olímpicos de Inverno de Milão-Cortina 2026, o Comitê Olímpico Internacional (COI) declarou que atletas da Rússia e de Belarus poderão competir, mas sob uma bandeira neutra e em condições rigorosas, seguindo o modelo implementado em Paris 2024. Esta decisão, conforme a presidente do COI, Kirsty Coventry, visa manter a integridade do movimento olímpico e garantir a participação de todos os atletas.
Os critérios serão semelhantes aos utilizados na edição anterior, exigindo que a participação seja individual, sem qualquer símbolo nacional e restrita a aqueles que não possuam vínculos com as forças armadas ou que não tenham manifestado apoio à invasão da Ucrânia. Coventry enfatizou que a medida busca promover a representatividade global, afirmando: “É melhor para o nosso movimento assegurar que todos os atletas estejam representados”.
Na edição de Paris, 25 atletas russos e bielorrussos competiram sob a bandeira neutra, resultando em cinco medalhas conquistadas, uma estratégia que foi bem recebida pelo COI ao evitar possíveis boicotes, especialmente da Ucrânia e de seus aliados. Contudo, as federações internacionais, que definem o tamanho das delegações, têm autonomia para manter suas próprias restrições, o que já se observa nas proibições impostas em modalidades como esqui e biatlo.
A participação em Milão, de 6 a 22 de fevereiro de 2026, continua a ser um tema sensível, com diferentes federações, como a Federação Internacional de Patinação, limitando a presença a um único atleta por nação em cada modalidade. As próximas etapas desse processo serão cruciais para a definição final das delegações e das regras aplicáveis.
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