24 outubro, 2025
sexta-feira, 24 outubro, 2025

Colômbia acusa EUA de ‘execuções extrajudiciais’ após ataques de Trump contra embarcações no Caribe e no Pacífico

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Gustavo Petro

A recente trocação de farpas entre o presidente Gustavo Petro da Colômbia e os Estados Unidos reacendeu uma crise diplomática que remonta a anos de colaboração no combate ao narcotráfico. Durante uma coletiva de imprensa em Bogotá, Petro denunciou operações militares dos EUA no Caribe e no Pacífico sob a administração de Donald Trump, que resultaram em 37 mortes, caracterizando-as como “execuções extrajudiciais” que violam o direito internacional.

A intensa mobilização militar norte-americana na região, realizada desde agosto, incluindo destróieres e submarinos, gerou preocupação. Segundo fontes militares, essas ações têm como alvo embarcações suspeitas próximas às águas colombianas. Essa escalada de atividades levanta questões sobre o uso desproporcional da força e a verdadeira eficácia dessas operações, conforme ressaltou Petro.

A situação se agravou após o ex-presidente Trump tomar decisões que afastaram os laços entre Bogotá e Washington, como retirar a Colômbia da lista de aliados no combate às drogas e suspender ajudas financeiras que ultrapassam US$ 740 milhões anuais. Trump também acusou Petro de ser um “líder narcotraficante”, algo que o presidente colombiano refutou, sugerindo que essas acusações fazem parte de uma estratégia geopolítica para desestabilizar a América Latina e interferir nas próximas eleições colombianas de 2026.

Diante de tudo isso, Petro alertou: “Qualquer ação terrestre será considerada uma invasão e uma ruptura da soberania nacional.” A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, não hesitou em responder, afirmando que não há sinais de desescalada por parte de Bogotá. No entanto, diplomatas das duas nações continuam em busca de um diálogo, com um novo encontro agendado entre o Ministério das Relações Exteriores colombiano e o encarregado de negócios dos EUA, John McNamara, apesar da falta de avanços concretos.

O panorama atual reflete não apenas a tensão política, mas também o cenário complexo da luta contra o narcotráfico na região. Como você vê essa situação? Quais devem ser os próximos passos para a Colômbia e os EUA? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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