Durante uma noite memorável no São João do Massayó 2025, o cantor Wesley Safadão provocou agitação ao se dirigir ao prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, conhecido como JHC, apelidando-o de “futuro governador” e declarando publicamente: “Eu te amo, caralho”. O show, que durou uma hora e quarenta minutos, foi um verdadeiro espetáculo, com o artista repetidamente endereçando agradecimentos ao prefeito, criando uma conexão especial no palco.
A apresentação, com um investimento significativo de R$ 1,2 milhão por parte da Prefeitura, destacou-se como o show mais caro do evento. Esses valores, divulgados no Diário Oficial, são gerados por um processo de inexigibilidade de licitação, o que tem levantado questionamentos sobre a adequação e necessidade de tamanhos cachês financeiros com recursos públicos.
Com JHC sendo cogitado como candidato ao governo de Alagoas nas eleições de 2026, sua atuação como prefeito está sob um olhar atento. Para se candidatar, ele precisa deixar seu cargo até abril do próximo ano. Apesar da animada recepção ao inverno e dos elogios do artista, questões sobre o uso de dinheiro público para contratações desta magnitude não são novas, com o Ministério Público constantemente avaliando o impacto desses gastos nas condições de vida dos cidadãos.
Por exemplo, há três anos, um show de Wesley Safadão em Viçosa foi cancelado pela Vara do Único Ofício do Tribunal de Justiça de Alagoas devido ao valor considerado exorbitante, especialmente em um contexto onde muitas necessidades básicas ainda não eram atendidas. A juíza responsável pela decisão, Juliana Batistela Guimarães de Alencar, destacou a contrariedade entre valores de grandes cachês e as condições de vida digna da população.
A Prefeitura de Maceió, em uma nota oficial, defendeu a escolha do cantor, destacando sua popularidade em outros grandes eventos juninos pelo Brasil. Segundo a administração, Safadão atraiu mais de 120 mil pessoas para o evento, elevando a ocupação hoteleira local acima de 80%.
Sobre as declarações do cantor, a Prefeitura esclareceu que não controla as falas feitas em palco, mas não comentou o valor pago ao artista. A assessoria de Wesley Safadão também não se manifestou sobre esses detalhes financeiros.
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