
Em um momento decisivo para a agricultura brasileira, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu na embaixada da Palestina em Brasília com embaixadores e representantes da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. O encontro, realizado em 19 de outubro, focou na adaptação das exportações brasileiras ao aumento tarifário imposto pelos Estados Unidos, que complicou o comércio com o mercado norte-americano.
A estratégia é clara: redirecionar produtos para países árabes, contribuindo para o fortalecimento de laços comerciais. Em um cenário onde 75% do que o Brasil exporta para a Liga Árabe é do setor agropecuário, as oportunidades são vastas. Na pauta estavam itens como carnes de aves, carnes bovinas, açúcar, milho e mel, reforçando a posição do Brasil como um importante fornecedor de alimentos a essa região.
A presença de embaixadores de pelo menos 15 países árabes, como Marrocos, Barém, Palestina, Síria e Argélia, destaca a relevância desse movimento. O ministro Fávaro enfatizou que a aproximação comercial já era uma prioridade antes do aumento nos tarifários, mas as atuais circunstâncias tornaram essa estratégia ainda mais vital. “Queremos reduzir a dependência do mercado norte-americano e transformar amizade e diplomacia em oportunidades comerciais”, declarou.
Fávaro também citou exemplos concretos de sucesso, como a exportação de ovos férteis para a Arábia Saudita e açaí para o Egito. “Conseguimos viabilizar exportações diversificadas, além de café e suco de laranja para os Emirados Árabes. Estamos focados na ampliação dos nossos mercados”, concluiu.
Enquanto o governo brasileiro mantém negociações com os Estados Unidos, a aposta no multilateralismo e na abertura de novos mercados se intensifica. Com expectativas otimistas, o ministro destacou que além de exportar, o Brasil também buscará importar produtos árabes, criando um equilíbrio nas relações comerciais. Essa abordagem não só diversifica o mercado, mas promove uma colaboração mútua que pode beneficiar ambas as partes.
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