A recente campanha dos clubes argentinos na Copa Libertadores tornou-se um verdadeiro exemplo de resiliência e talento. Com quatro times avançando para as quartas de final — River Plate, Vélez, Racing e Estudiantes —, a Argentina tenta reescrever sua história no torneio mais prestigioso da América do Sul. Este feito, inédito desde 2018, reacende a chama do futebol argentino em um cenário historicamente dominado pelos brasileiros.
Agora, uma certeza: pelo menos um semifinalista já está garantido, já que Racing e Vélez se enfrentarão. Isso significa que um dos dois garantirá sua presença entre os quatro melhores. Contudo, os desafios são grandes. A expectativa em relação ao potencial dos argentinos se choca com a percepção de que Flamengo e Palmeiras parecem estar em um nível superior. “O sentimento geral é de que, assim como em anos anteriores, a supremacia brasileira continua”, observa Claudio Mauri, um respeitado repórter do La Nación.
Mauri, que acompanha o futebol argentino desde os anos 80, acredita que apenas o River Plate possui condições de brigar de igual para igual com os gigantes brasileiros. “Apesar da rica tradição, o River precisa melhorar coletivamente para enfrentar o Palmeiras, que é claramente o favorito nesta disputa”, afirma.
O River Plate, mesmo historicamente forte, encontrou dificuldades para eliminar o Libertad, precisando chegar aos pênaltis para garantir a classificação após uma partida turbulenta. Este resultado encerrou uma série de eliminações consecutivas em penalidades nos últimos quatro anos. O clube ainda se recupera de um desempenho ruim, especialmente em sua etapa final.
Racing, por outro lado, traz um histórico recente de conquistas, como a Sul-Americana, mas também avançou com dificuldades, superando o Peñarol em um duelo tenso. “A ausência do atacante Maximiliano Sala tem sido sentida profundamente, e a irregularidade do time é evidente, oscilando entre um futebol arrebatador e atuações decepcionantes”, relembra Mauri.
Estudiantes, por sua vez, mostrou um desempenho discreto, mas conseguiu a vaga com um pênalti decisivo contra o Cerro Porteño. “Considerada uma equipe segura, ainda não atingiu todo seu potencial”, afirma Mauri, ressaltando a importância de Ascacíbar e Carrillo como peças-chave no time.
Por fim, o Vélez Sarsfield, a surpreendente revelação, eliminou o Fortaleza, mesmo após perdas significativas em seu elenco. “Com a regularidade do goleiro Marchiori e os gols de Romero, somado ao talento jovem de Carrizo, que vem se destacando, o Vélez promete ser um adversário temível”, conclui o repórter.
Assim, a Argentina ressurge na Libertadores, mas terá pela frente adversários de peso: São Paulo, Palmeiras e Flamengo, além da LDU, todos campeões continentais com uma longa história. Resta saber se os argentinos conseguirão, finalmente, desafiar a hegemonia brasileira. O que você acha? Comente abaixo sua opinião!