14 agosto, 2025
quinta-feira, 14 agosto, 2025

Com resultado ruim, ações da Raízen despencam na Bolsa e valem R$ 1

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Ações da Raízen

As ações da Raízen, uma referência no agronegócio brasileiro, enfrentam um momento crítico. No pregão desta quinta-feira (14/8), a companhia viu suas ações despencarem 14,17%, girando em torno de R$ 1,03. A queda acentuada se agravou, atingindo 15% durante a sessão, colocando os papéis em seu menor patamar desde a abertura de capital em 2021.

Essencialmente, a desvalorização de quase 50% no acumulado do ano tem suas raízes em um fator preocupante: o endividamento. Os resultados financeiros do primeiro trimestre da safra 2025/2026 foram desastrosos, com um prejuízo líquido de R$ 1,8 bilhão, revertendo o lucro de R$ 1,1 bilhão do mesmo período do ano anterior.

O Ebitda ajustado da companhia, que representa o desempenho operacional, ficou em R$ 1,9 bilhão, 23,4% inferior às expectativas do mercado. Com uma dívida líquida atingindo R$ 49,2 bilhões, a Raízen enfrenta um aumento de 56% em relação à safra anterior. Esse cenário é agravado por desafios como a quebra de safra e um aumento expressivo nas despesas financeiras.

A Raízen, em sua defesa, explica que o crescimento da dívida reflete uma estratégia de “limpeza” no balanço. A empresa busca transformar dívidas de curto prazo em de longo prazo no meio de um ambiente financeiro adverso, com juros elevados. O CFO Rafael Bergman menciona que a empresa está em diálogo com os controladores, Shell e Cosan, para encontrar soluções que ajudem a recuperar sua saúde financeira.

A companhia ainda vislumbra possibilidades de capitalização, que podem incluir aportes de acionistas existentes ou novos investidores. O futuro da Raízen está em aberto, e o mercado observa atentamente os próximos passos da gigante do agronegócio.

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