3 agosto, 2025
domingo, 3 agosto, 2025

Com tarifaço, México ultrapassa os Estados Unidos e se torna segundo maior importador de carne bovina brasileira

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Carne

Em uma reviravolta surpreendente, o México ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o segundo maior importador de carne bovina brasileira, posicionando-se logo atrás da China. Essa transformação ocorre em meio a uma diminuição nas vendas para o mercado americano, resultado das tarifas adicionais impostas pelo governo anterior. Entre janeiro e junho deste ano, as exportações brasileiras para o México saltaram impressionantes 420%, passando de 3,1 mil toneladas para 16,1 mil. Em termos financeiros, o aumento é igualmente notável, subindo de US$ 15,5 milhões para US$ 89,3 milhões.

No mês de julho, entre os dias 1º e 28, os importadores mexicanos adquiriram US$ 69 milhões em carne brasileira, superando os US$ 68,7 milhões comprados pelos americanos no mesmo período. A China, que continua a liderar a lista de destinos da carne brasileira, importou 134,4 mil toneladas em junho, equivalendo a US$ 739,9 milhões. Já em julho, esse volume foi de 132 mil toneladas, somando US$ 732 milhões.

Esse cenário de diversificação surge em um contexto de retração no mercado americano. Em abril, os EUA importaram 44,1 mil toneladas, gastando US$ 229 milhões. Porém, em junho, esses números despencaram para 13,4 mil toneladas e US$ 75,3 milhões—uma queda de 67%. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), cerca de 30 mil toneladas estão retidas, prontas para embarque aos EUA, desde a implementação da tarifa adicional de 50%.

Outro país mostrando um apetite crescente por carne brasileira é o Chile, com importações subindo de US$ 45 milhões em janeiro para mais de US$ 66,5 milhões em julho. Em um panorama mais amplo, as exportações brasileiras de carne bovina atingiram 241 mil toneladas em junho, movimentando US$ 1,3 bilhão. Até o dia 28 de julho, os dados preliminares indicam um resultado ainda melhor, com vendas de US$ 1,352 bilhão, o melhor mês da década.

Com a tarifa de 50% entrando em vigor em 6 de agosto, a expectativa é de que o fluxo comercial se direcione ainda mais a mercados alternativos, enquanto o governo brasileiro busca reverter essa decisão impactante junto às autoridades dos EUA.

Como você vê essa mudança no cenário das exportações brasileiras? Compartilhe suas ideias nos comentários!

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