Em uma intensa quarta-feira (13/8), as comissões do Senado uniram forças para sabatinar 18 indicações essenciais para agências reguladoras e órgãos do Poder Judiciário. Após essa etapa, os nomes poderão ser votados no plenário, numa etapa decisiva para o funcionamento dessas instituições.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) foi o centro das atenções, tratando de 14 das indicações, incluindo nomes relevantes como dois para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), um para o Superior Tribunal Militar (STM) e duas para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A procuradora Marluce Caldas, tia do prefeito de Maceió, foi aprovada para o STJ, enquanto outras oito indicações foram confirmadas para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e também uma para a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD).
Entretanto, a sessão não foi isenta de polêmicas. O líder do PL, Carlos Portinho, levantou acusações contra a advogada Verônica Abdalla Sterman, indicada ao STM, alegando inverdades no currículo dela. Apesar da controvérsia, Verônica seguiu em frente, tornando-se a segunda mulher na história a integrar a Corte Militar, e a postura do líder foi desaprovada por seus colegas.
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) também teve sucesso, aprovando as indicações de Wadih Damous para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Leandro Safatle para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), além de dois diretores para cada uma dessas entidades reguladoras.
Ainda na terça-feira, as comissões de Meio Ambiente e Educação já haviam avançado com quatro indicações: três para a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e uma para a Agência Nacional de Cinema (Ancine). O panorama era positivo, e a expectativa é que os nomes aprovados fossem logo ao plenário do Senado, seguindo o cronograma delineado pelo presidente Davi Alcolumbre.
No entanto, o ritmo das sabatinas da Comissão de Infraestrutura foi prejudicado por obstruções feitas pela oposição ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O presidente do grupo, senador Marcos Rogério, optou por não convocar a sessão para leitura de relatórios enquanto a situação do ex-presidente permanecia delicada. Isso afetou a análise de indicações de agências cruciais, como a Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Após uma semana de atraso, as leituras de relatórios começaram, com 12 nomes sendo discutidos, incluindo o de Pietro Mendes, indicado para a ANP. As sabatinas retornam na próxima terça-feira (19/8), e há uma expectativa em torno da sabatina de Lenise Brcellos para a ANS, a ser realizada na CAS.
Agora, é a sua vez de participar desta discussão! O que você pensa sobre as indicações e as polêmicas geradas nas sabatinas? Deixe seu comentário abaixo e compartilhe suas opiniões!