As tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos estão moldando um novo cenário para estudantes brasileiros. A partir de 2025, aqueles que sonham em estudar nos EUA enfrentarão um aumento significativo nos custos devido à elevação da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para operações de câmbio, que poderá chegar a 3,5%. Isso significa que uma viagem com investimento de R$ 100 mil poderá custar até R$ 3 mil a mais apenas em impostos.
Diogo Aguilar, fundador da Fluencypass, edtech especializada em intercâmbio e ensino de inglês, alerta que a instabilidade política decorrente da imposição de tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros pode afetar negativamente as parcerias acadêmicas e a emissão de vistos. Assim, o ambiente para os intercâmbios torna-se cada vez mais desafiador.
Além do IOF, os estudantes também enfrentarão a nova Integrity Fee, que adiciona US$ 250 ao custo do processo. Os prazos para obtenção de visto estão mais longos e sujeitas a instabilidades nos sistemas de agendamento. “Iniciar o processo com pelo menos seis meses de antecedência e contar com assessoria especializada são passos fundamentais para reduzir riscos”, recomenda Aguilar.
Apesar desse cenário desafiador, o intercâmbio continua sendo uma senda valiosa para quem busca qualificação internacional. Especialistas sugerem um planejamento financeiro minucioso, incluindo a fixação de câmbio e pagamentos antecipados, para lidar com os novos custos. Além disso, explorar destinos com moedas mais favoráveis, como África do Sul, Malta, Irlanda, Austrália e Canadá, pode ser uma alternativa vantajosa, oferecendo boas oportunidades acadêmicas e processos de visto mais simples.
Num mundo que se tornou mais seletivo, Aguilar enfatiza que com organização e planejamento, ainda existem portas abertas. Ele também recomenda que os estudantes priorizem plataformas que ofereçam suporte jurídico e financeiro, evitando taxas adicionais de agências, o que pode facilitar a jornada e proporcionar maior segurança orçamentária.
E você, está preparado para essa nova realidade no intercâmbio? Compartilhe suas expectativas e dúvidas nos comentários!