No coração do litoral da Bahia, a construtora Prima Empreendimentos Inovadores, reconhecida por seus projetos de alto padrão, enfrenta um momento decisivo. A empresa, que se destacou no setor de turismo e residenciais luxuosos, decidiu reestruturar sua dívida de R$ 142,8 milhões com o fundo imobiliário Urca Prime Renda (URPR11). A movimentação preocupa, mas também abre portas para novas oportunidades.
A operação envolveu a transferência de participações acionárias da própria construtora em quatro ativos estratégicos, incluindo o prestigiado Hotel Fasano Salvador e o significativo projeto Ponta de Inhambupe. Esses passos se tornaram inevitáveis após a Prima não conseguir honrar os pagamentos de debêntures que rendiam IPCA + 17% ao ano, levando o fundo a uma posição de participação direta.
Com essa nova estrutura, o fundo URPR11 passa a compartilhar não apenas os desafios financeiros, mas também os lucros e dividendos gerados pelos empreendimentos. Agora, a Prima precisa se reerguer, pois tem a opção de recompra dos ativos, com juros corrigidos, assim que suas finanças permitirem.
Entretanto, essa reestruturação teve um impacto palpável, refletindo na cotação do fundo, que caiu para R$ 48,70, com uma desvalorização superior a 50% em relação ao seu valor patrimonial. Para os cerca de 72 mil cotistas do URPR11, essa situação exige um olhar atento, pois a operação da Prima representa cerca de 11% da distribuição mínima de rendimentos do fundo.
Em meio a esse cenário, a equipe gestora do URPR11 destaca que a nova abordagem pode trazer retornos mais promissores no médio e longo prazo. A reestruturação é, sem dúvida, um capítulo desafiador na trajetória da Prima, mas também pode ser a chave para a sua recuperação e sucesso futuro. E você, o que pensa sobre essa nova fase da construtora? Compartilhe sua opinião nos comentários!