23 setembro, 2025
terça-feira, 23 setembro, 2025

Consultores da ONU pedem que Fifa e Uefa suspendam seleção de Israel por conflito em Gaza

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Selelção israelense

Em um momento crítico, a comunidade internacional observa com crescente preocupação a ofensiva israelense em Gaza. Nesta terça-feira (23), especialistas independentes da Organização das Nações Unidas (ONU) emitiram um apelo contundente para que a Fifa e a Uefa suspendam Israel de suas competições. O que torna esse apelo ainda mais significativo é a clara oposição dos especialistas a sanções individuais contra jogadores israelenses. “As instâncias esportivas não podem ignorar as graves violações dos direitos humanos”, afirmaram em comunicado.

Três relatores especiais e membros do Grupo de Trabalho sobre Empresas e Direitos Humanos ressaltam que “seleções nacionais que representam Estados que cometem violação maciça de direitos humanos devem ser suspensas”. Classificaram a suspensão de Israel como uma “resposta necessária ao genocídio em curso”. No entanto, enfatizam que o boicote deve focar no Estado de Israel, evitando punir os jogadores individualmente.

A reação das organizações esportivas foi silente, com a Uefa se recusando a comentar e a Fifa optando pelo silêncio. No dia 16 de setembro, uma comissão internacional da ONU acusou Israel de cometer “genocídio” em Gaza, destacando uma agenda de destruição dos palestinos desde outubro de 2023. Diante de tal cenário, os especialistas insistem que os dirigentes esportivos não podem manter uma posição neutra diante de atrocidades desse nível.

Os apelos para a suspensão da seleção israelense de todas as competições esportivas estão se intensificando. O ex-jogador francês Eric Cantona criticou com firmeza o que chamou de “duplo padrão” das entidades do futebol, fazendo uma comparação entre a rápida suspensão da Rússia logo após o início da guerra na Ucrânia e a manutenção de Israel nas competições, em meio a acusações severas de “genocídio” por parte da Anistia Internacional. “A Fifa e a Uefa devem suspender Israel”, afirmou Cantona, acrescentando que clubes deveriam se recusar a enfrentar times israelenses.

O presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, também se juntou a esse coro, clamando pela exclusão de Israel das competições esportivas “enquanto a barbárie em Gaza continuar”. Sánchez se posicionou como uma das vozes mais críticas na Europa em relação à ofensiva israelense, que foi resposta a ataques do Hamas em 7 de outubro, que resultaram na morte de 1.219 pessoas. A resposta de Israel, por sua vez, resultou na morte de mais de 65.000 palestinos, a maioria civis, dados que têm respaldo de fontes confiáveis da ONU.

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