A recente pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) trouxe uma perspectiva animadora: o consumo nos lares brasileiros nos supermercados cresceu 4% em julho, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior. Mesmo em um cenário onde o consumo costuma diminuir devido às férias escolares, a tendência se mostrou positiva para este ano.
Esse crescimento reflete uma evolução não apenas no consumo, que aumentou 2,4% em relação a junho, mas também um desempenho acumulado de 2,6% até julho. A análise é clara: a melhora na renda e no mercado de trabalho está impulsionando essa elevação do consumo.
O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, destacou que, apesar de julho ser tradicionalmente um mês de retração, a situação atual é diferente. O desemprego caiu para 5,8% no trimestre encerrado em junho, o menor índice desde 2012, promovendo uma dinâmica mais favorável às compras. “Esse crescimento interanual é um reflexo de uma recuperação econômica que ainda está em curso”, ressaltou Milan.
Um ponto notável é a mudança no cenário do Bolsa Família. Em julho, quase 1 milhão de famílias deixaram de receber o benefício, mas isso não impactou negativamente o consumo. Com R$ 13,16 bilhões destinados a 19,6 milhões de beneficiários, observa-se que muitas destas famílias conseguiram se manter firmes graças à renda do trabalho, garantindo sua autonomia financeira e aumentando seu poder de compra no varejo alimentar.
A pesquisa também aponta uma queda nos preços da cesta básica de 12 produtos, que recuou 0,44% em julho. O preço médio nacional passou de R$ 353,42 em junho para R$ 351,88 no mês seguinte. Destaque para a retração em itens como arroz (-2,89%) e feijão (-2,29%), que, junto com outros produtos, ajudam a aliviar a pressão sobre o orçamento das famílias.
É um momento de esperança e recuperação que merece ser observado de perto. Como você vê essa mudança nos hábitos de consumo? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião!