26 agosto, 2025
terça-feira, 26 agosto, 2025

Contas externas registraram déficit de US$ 7,1 bilhões em julho

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Em julho de 2025, as contas externas do Brasil enfrentaram um desafio significativo, com um déficit registrado de US$ 7,1 bilhões. Esse resultado representa um aumento em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o déficit foi de US$ 5,2 bilhões, conforme revelado no relatório de estatísticas do setor externo do Banco Central divulgado nesta terça-feira.

O relatório também destacou uma diminuição no saldo da balança comercial de bens, que caiu US$ 514 milhões. Ao mesmo tempo, o déficit em renda primária aumentou US$ 1,4 bilhão, refletindo uma dinâmica complexa nas transações do Brasil com o exterior. Apesar do saldo negativo, a balança comercial de bens ainda registrou um superávit de US$ 6,5 bilhões em julho, embora inferior aos US$ 7 bilhões do ano passado.

De acordo com o Banco Central, as exportações de bens chegaram a US$ 32,6 bilhões, um aumento de 4,8%, enquanto as importações também cresceram, chegando a US$ 26,1 bilhões, com um incremento de 8,3%.

No contexto das transações correntes, o déficit acumulado nos doze meses até julho de 2025 foi de US$ 75,3 bilhões, representando 3,50% do PIB. Este é um aumento em relação ao déficit de US$ 73,3 bilhões registrado em junho e aos US$ 30,7 bilhões de julho de 2024.

Além disso, a conta de serviços também registrou um déficit de US$ 5 bilhões, similar ao resultado do ano passado, enquanto as despesas líquidas com viagens internacionais saltaram 34,1% para US$ 1,6 bilhão devido ao aumento nas despesas e receitas.

No que se refere à renda primária, o déficit alcançou US$ 8,9 bilhões, um aumento expressivo de 18,1% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. As despesas líquidas com juros totalizaram US$ 4,2 bilhões, mostrando uma leve redução em relação a julho de 2024. Já as despesas líquidas de lucros e dividendos somaram US$ 4,7 bilhões, marcando um aumento em relação ao ano anterior.

Os ingressos líquidos de investimentos diretos no país (IDP) totalizaram US$ 8,3 bilhões, um crescimento em relação aos US$ 7,2 bilhões de julho de 2024. No acumulado dos últimos 12 meses, o IDP atingiu US$ 68,2 bilhões, correspondendo a 3,17% do PIB, um número que se mostra promissor.

As reservas internacionais do Brasil também tiveram um desempenho positivo, atingindo US$ 345,1 bilhões em julho de 2025, com um crescimento de US$ 671 milhões em relação ao mês anterior. Esse crescimento é atribuído a uma série de fatores, incluindo retornos líquidos em operações de linhas com recompra e receitas de juros que contribuíram para o fortalecimento das reservas.

O cenário das contas externas do Brasil, embora desafiador, mostra nuances importantes que merecem nossa atenção. Qual a sua opinião sobre esses números? Você acredita que o país está no caminho certo para equilibrar suas contas externas? Compartilhe seus pensamentos nos comentários!

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