Em uma virada impressionante, a Alphabet, controladora do Google, ultrapassou pela primeira vez a marca de US$ 3 trilhões (aproximadamente R$ 15,96 trilhões) em valor de mercado. Esse marco foi impulsionado por um otimismo renovado em relação à inteligência artificial e uma decisão favorável em um processo antitruste nos Estados Unidos.
Na bolsa, as ações Classe A dispararam 3,8%, alcançando US$ 250 (cerca de R$ 1.330,08), enquanto os papéis Classe C avançaram 3,7%, cotados a US$ 250,40. Com isso, a Alphabet registrou uma valorização de mais de 32% no ano, superando o índice S&P 500, que registra alta de apenas 12,5% no mesmo período.
Agora, a empresa se junta a nomes como Apple e Microsoft no seleto grupo de companhias que superaram essa marca histórica. A Nvidia, fabricante de chips de inteligência artificial, lidera como a mais valiosa do mundo, com um valor de mercado de US$ 4,25 trilhões.
O avanço das big techs, especialmente no campo da inteligência artificial, tem sido crucial para sustentar índices de Wall Street em níveis recordes. Espera-se que o Federal Reserve (FED) anuncie cortes nas taxas de juros em breve, enquanto um relatório otimista da Oracle traz ainda mais ânimo ao setor. “Nos últimos 18 meses, ninguém no mercado gerou tanta empolgação como as empresas de tecnologia”, destaca Kim Forrest, diretora de investimentos da Bokeh Capital Partners.
Além disso, uma decisão judicial recente nos EUA, que permitiu à Alphabet manter o controle do navegador Chrome e do sistema operacional Android, reforçou a confiança do mercado. Esses produtos são considerados fundamentais para o ecossistema da empresa, e a decisão eliminou preocupações sobre a concorrência.
A divisão de computação em nuvem da Alphabet também apresentou resultados notáveis, com um crescimento de quase 32% na receita do segundo trimestre, superando as expectativas. Esse crescimento é atribuído ao investimento em chips próprios e ao modelo de IA Gemini.
Segundo Dennis Dick, estrategista-chefe da Stock Trader Network, os investidores estão começando a enxergar a Alphabet de forma mais abrangente. “Eles ainda dependem muito da busca, mas com o YouTube e o Waymo, percebem que a empresa está avançando em várias frentes”, conclui.
Atualmente, a Alphabet negocia a cerca de 23 vezes seu lucro projetado, ligeiramente acima da média dos últimos cinco anos. Entre as “Magnificent 7”, é a que apresenta o menor múltiplo de preço sobre lucro.
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