Um gigante sobre as águas se aproxima do Brasil, trazendo consigo um legado de serviços de defesa e humanitário. O navio “Atlântico”, um navio-aeródromo multipropósito (NAM), fará parte das operações de segurança durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá no Pará, em novembro. Com 208 metros de comprimento, esse oceano de aço chega ao Porto de Belém na quinta-feira (25) e será aberto ao público nos dias 27, 28 de setembro e 3, 4 de outubro, das 14h às 18h, no cais da empresa Ocrim.
Considerado o maior navio de guerra da América Latina, o Atlântico é o cartão de visita da Esquadra Brasileira. Ele transporta até 1.400 militares e abriga 18 aeronaves, consolidando-se como um ponto central nas operações navais do país. Este não é o primeiro encontro dos paraenses com essa majestosa embarcação; os moradores já tiveram a oportunidade de acompanhá-la em 2023, quando a missão foi apoiar a defesa da Cúpula da Amazônia.
No contexto atual, o Atlântico desempenha um papel estratégico. Na última viagem, partiu da Base Naval da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, acompanhando 1.100 militares e levando mais de 435 toneladas de equipamentos essenciais para a Operação “Atlas”, um exercício decoroso das Forças Armadas que começou em junho e será finalizado em dezembro. A próxima fase do exercício envolverá cenários amazônicos, incluindo operações ribeirinhas com a participação de fuzileiros navais.
Além do quanto já foi exposto, o Atlântico está armado com um arsenal multifuncional, pronto para responder a emergências, apoiar vítimas de desastres naturais ou mesmo atuar em missões de paz. Ele também vai reforçar o Comando Operacional Conjunto Marajoara, criado pelo Ministério da Defesa para garantir a segurança durante a COP30, que será realizada entre 4 e 23 de novembro.
Os esforços serão complementados pelas Forças Especializadas de Emprego Estratégico, que envolvem defesas antiaéreas, cibernéticas, além de equipes treinadas para situações críticas, como inteligência militar e antiterrorismo. Esta operação não é apenas um teste de força, mas uma demonstração do compromisso do Brasil em assegurar um evento global de tamanho impacto.
A história do Atlântico é tão vasta quanto os mares que navega. Originalmente construído para a Marinha Real Britânica nos anos 90, o navio foi adquirido pela Marinha do Brasil em 2018 e refugia um legado de operações humanitárias em locais como o Kosovo e na Líbia. Seu passado inclui também a participação em conflitos como a guerra do Iraque e o apoio a ilhas do Caribe após desastres naturais.
Ao refletirmos sobre o papel dessa impressionante embarcação, somos convidados a pensar sobre a importância da segurança e da cooperação internacional em tempos desafiadores. E você, o que pensa sobre o papel do Atlântico e das Forças Armadas em eventos globais? Compartilhe suas reflexões nos comentários!