31 julho, 2025
quinta-feira, 31 julho, 2025

Copom decide nesta quarta-feira se pausa ciclo de alta na taxa Selic

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Banco Central

À medida que o cenário econômico se desenrola, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (30) para deliberar sobre uma possível pausa no ciclo de elevações da Taxa Selic, atualmente fixada em 15%, um patamar que não via há quase 20 anos. Desde setembro do ano passado, a taxa foi ajustada em sete ocasiões, culminando no maior índice desde julho de 2006.

Embora a inflação esteja mostrando sinais de desaceleração, alguns custos, como os da energia elétrica, ainda exercem pressão sobre a economia. O último boletim Focus, que compila as expectativas dos analistas de mercado, sugere que a Selic deve permanecer em 15% até o final de 2025, com a expectativa de redução a partir de 2026. Contudo, o foco agora se volta para o preciso momento em que esses cortes começarão a acontecer.

Na ata da última reunião, o Copom indicou que o atual patamar da Selic será mantido por um período prolongado, considerando que os núcleos de inflação continuam elevados. A visão do Banco Central é clara: a demanda aquecida justifica uma política monetária contracionista e persistente. Ao longo do dia, as decisões finalmente serão anunciadas.

A inflação, por sua vez, continua a ser um enigma. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrou uma desaceleração para 0,24% em junho, mas a prévia de julho, o IPCA-15, superou as expectativas, especialmente devido ao aumento nos preços de energia e passagens aéreas. As previsões de inflação para 2025 foram revisadas para 5,09%, indicando que ainda estamos acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3% para este ano, podendo se estender a 4,5% considerando o intervalo de tolerância.

A Selic desempenha um papel crucial no controle econômico, funcionando como a principal ferramenta do Banco Central para conter a inflação. Quando os juros sobem, a demanda tende a ser contida, refletindo em uma desaceleração nos preços. A gestão adequada da Selic pode fazer a diferença entre uma economia aquecida e riscos de superaquecimento. Reduções na taxa geralmente barateiam o crédito, incentivando o consumo e a produção, disruptando assim a trajetória inflacionária.

Sob o novo regime de meta contínua, inaugurado em janeiro, o Banco Central persegue uma meta de inflação de 3%, com uma margem de variação de 1,5 ponto para cima ou para baixo. Este sistema permite uma avaliação mensal da inflação acumulada, proporcionando uma visão mais dinâmica sobre as metas. No último Relatório de Política Monetária, o Banco Central avaliou que a inflação poderá terminar 2025 em 4,9%, dependendo das flutuações do câmbio e das pressões inflacionárias.

O clima é de expectativa. Como você acredita que as decisões do Copom impactarão o futuro econômico? Deixe suas perspectivas nos comentários!

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