
Nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou a decisão unânime de manter a taxa Selic em 15% ao ano. Essa escolha reflete um cuidadoso monitoramento das condições econômicas, tanto internas quanto externas, em um contexto marcado por incertezas globais. O Copom destaca que tem olhado com atenção para os impactos das recentes tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil.
Nos últimos meses, de setembro de 2024 até a última reunião de junho, a Selic foi elevada em 4,50 pontos, caracterizando um dos maiores ciclos de aumento em duas décadas. O único período mais significativo ocorreu entre março de 2021 e agosto de 2022, quando a taxa subiu 11,75 pontos, impulsionada pela tentativa de recuperação econômica pós-pandemia. O Copom enfatiza que essa pausa na taxa de juros pretende avaliar os efeitos acumulados do aperto monetário anterior, aguardando evidências suficientes para garantir a convergência da inflação à meta estabelecida.
O cenário internacional se apresenta desafiador. O Copom avalia que a situação econômica nos Estados Unidos, juntamente com suas políticas fiscal e comercial, traz incertezas que podem impactar o Brasil e outras nações emergentes. Em contraste, o mercado de trabalho doméstico ainda demonstra resiliência, enquanto os indicadores econômicos mostram uma desaceleração moderada no crescimento.
As previsões para a inflação não passaram despercebidas. O Banco Central confirma estimativas de 4,9% para o IPCA em 2025 e 3,6% em 2026. Notou-se uma leve diminuição na expectativa de preços livres para 2025, que passou de 5,2% para 5,1%. Em contrapartida, os preços administrados sofreram uma revisão para cima, aumentando de 3,8% para 4,4% para este ano. Para 2026, os preços livres são agora projetados em 3,5%, enquanto os administrados têm uma leve queda, de 4,1% para 4,0%.
Em suma, o Copom se coloca em um papel vigilante, promovendo uma política que busca equilibrar o crescimento econômico com a estabilidade inflacionária. Como você vê o impacto dessas decisões na economia brasileira? Compartilhe seus pensamentos!