Na sexta-feira (18), o Corinthians apresentou à Justiça um plano reformulado para enfrentar parte de suas dívidas, que já somam R$ 677 milhões ligados à Neo Química Arena. Essa nova proposta é uma tentativa de readequação para a adesão ao Regime Centralizado de Execuções (RCE), um passo crucial para a recuperação financeira do clube que vem enfrentando desafios significativos nos últimos anos.
A proposta original previa a quitação de R$ 367 milhões, no entanto, o administrador do processo ajustou esse valor para R$ 190 milhões. Essa redução ocorreu após o juiz determinar a exclusão de credores sem execução judicial formalizada, o que gerou uma nova configuração entre os credores. Assim, o Corinthians organizou uma nova listagem, incluindo tanto os credores executantes quanto aqueles classificados como “credores aderentes”, garantindo que o valor total a ser pago se mantivesse em R$ 367 milhões.
Planejado para ser quitado em até dez anos, o valor será pago com até 4% das receitas recorrentes do clube, uma decisão considerada a mais técnica e viável pela diretoria. A proposta também estabelece um aumento gradual na porcentagem destinada ao RCE, aumentando para 5% no segundo ano e 6% a partir do terceiro ano. Essa estratégia é crucial, pois o clube espera um crescimento nas receitas recorrentes ao longo do tempo, incluindo entradas provenientes da venda e direitos econômicos dos jogadores.
Além disso, a estrutura do pagamento oferece vantagens para os credores que ainda prestam serviços ao club, garantindo que recebam 35% da receita recorrente direcionada ao RCE. Outros credores preferenciais receberão 25% do total. As dívidas serão corrigidas pela taxa Selic, o que representa um valor significativo no acompanhamento dos pagamentos ao longo do tempo.
Qual é a dívida do Corinthians e quanto será pago com o RCE?
Atualmente, a dívida total do Corinthians é dividida da seguinte forma:
- Dívidas relacionadas à Neo Química Arena: cerca de R$ 677 milhões;
- Dívidas tributárias: aproximadamente R$ 817 milhões;
- Dívidas cíveis e trabalhistas: cerca de R$ 926 milhões;
O RCE representa apenas uma pequena parte desse montante, mas é um passo importante para a recuperação financeira do clube. Como torcedor, o que você acha desse plano? Deixe sua opinião nos comentários e participe dessa discussão vital sobre o futuro do Corinthians!