17 agosto, 2025
domingo, 17 agosto, 2025

Corpo de morador de rua assassinado por PM há 2 meses continua no IML

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Corpo de morador de rua no IML

O trágico destino de Jeferson de Souza, um jovem de 23 anos e morador em situação de rua, marca a cidade de São Paulo com um luto que se arrasta. Assassinato brutal acontecido em 13 de junho, suas circunstâncias deixaram não apenas feridas, mas também um corpo sem descanso no Instituto Médico Legal (IML) – dois meses após sua morte.

Nascido em Alagoas, a família de Jeferson se encontra em apuros, incapaz de arcar com o custo do translado de seu corpo. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) anunciou que o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) se empenha em auxiliar os familiares, conectando-os à Defensoria Pública de São Paulo. Contudo, a identificação formal de Jeferson ainda está pendente: a Polícia Científica precisa verificar seu DNA, já que nunca teve um documento de identidade registrado.

A SSP revelou que, sem a possibilidade de reconhecimento por impressões digitais, o Núcleo de Biologia e Biotecnologia está buscando coletar material genético dos familiares diretamente em Alagoas. Apesar disso, a SSP garante que há documentação suficiente para uma identificação confiável da vítima.

O caso remonta a um fatídico dia em que, sob a ponte na Rua da Figueira, Jeferson foi atingido por três tiros de fuzil — um na cabeça e dois no tórax. A narrativa da polícia sustenta que ele foi abordado em uma situação suspeita e que teria resistido à abordagem. Contudo, as evidências contradizem esta versão: Jeferson não estava armado, não reagiu e sequer tentou retirar a arma de um dos policiais.

Imagens capturadas pela câmera corporal do tenente Alan Wallace dos Santos Moreira revelam uma cena alarmante. O vídeo mostra Jeferson rendido e visivelmente emocional, conversando com os policiais antes de ser fatalmente atingido. Essa evidência chocante desmantela a alegação oficial de resistência.

Após a divulgação das imagens, tanto Wallace quanto o soldado Danilo Gehrinh, que registrou a cena, foram presos em 22 de julho, sob a acusação de agirem com “sadismo e desprezo pela vida humana”, conforme afirmado pelo promotor Enzo de Almeida. Em resposta, a SSP declarou que a Polícia Militar deteve imediatamente os envolvidos, reafirmando seu compromisso com a justiça e a disciplina.

O caso de Jeferson de Souza se torna um eco de uma realidade que não pode ser ignorada. O que você pensa sobre essa tragédia? Sua voz importa; compartilhe seus pensamentos nos comentários.

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