14 setembro, 2025
domingo, 14 setembro, 2025

Corpo de pianista brasileiro morto pela ditadura argentina é identificado após 50 anos

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Francisco Tenório Cerqueira Júnior

O mistério que cercou a morte do pianista brasileiro Francisco Tenório Cerqueira Júnior foi finalmente esclarecido, quase 50 anos após seu desaparecimento em Buenos Aires. Em 18 de março de 1976, Francisco, que acompanhava Toquinho e Vinicius de Moraes em uma turnê pela América do Sul, saiu do Hotel Normandie e nunca mais foi visto. Seu corpo foi encontrado em uma vala comum, cercado de tragédias que marcaram a história da Argentina.

A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) comunicou, no último sábado, que a confirmação de sua identidade foi realizada por meio de impressões digitais. Ele foi uma das muitas vítimas da repressão brutal que se seguiu ao golpe que instaurou uma ditadura militar no país poucos dias após seu desaparecimento.

Com o apoio da Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF), as investigações revelaram que Francisco foi morto a tiros, e seu corpo foi enterrado sem identificação. Esse reconhecimento se baseou em um trabalho meticuloso de datiloscopia, ou comparação de digitais, no qual as impressões de um cadáver encontrado em 20 de março de 1976 em um terreno baldio em Tigre foram confrontadas.

A CEMDP vem acompanhando não apenas esse caso singular, mas também outros ligados à sombria Operação Condor, a aliança entre as ditaduras da América Latina nos anos 70, responsável por atrocidades contra militantes políticos. As investigações atuais incluem a coleta de dados dos desaparecidos e amostras sanguíneas de seus familiares, buscando conectar histórias e trazer respostas que tantos esperam há décadas.

Com a notificação da EAAF, a CEMDP prontamente se comunicou com a família de Francisco, oferecendo apoio neste novo capítulo de dor e busca por justiça. O processo é um lembrete da luta contínua contra a violência política que ainda ecoa na memória coletiva da América Latina.

Agora, queremos saber de você: qual é a sua opinião sobre a importância de trazer à tona essas histórias de injustiça? Compartilhe seus pensamentos nos comentários.

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