Em um trágico desfecho, a Associação de Guias de Montanha do Peru (AGMP) anunciou neste domingo (22) a localização dos corpos do fotógrafo brasileiro Edson Vandeira, de 36 anos, e dos montanhistas peruanos Efraín Pretel Alonzo, de 34 anos, e Jesús Manuel Picón Huerta, de 31. Os três estavam desaparecidos desde 29 de maio após uma expedição ao desafiador Nevado Artesonraju, um pico que se ergue a mais de 6 mil metros na Cordilheira Blanca, dentro do Parque Nacional Huascarán.
Integrantes do Centro de Estudos de Alta Montanha (CEAM), eles mapeavam uma rota técnica até o cume, mas perderam contato com o mundo exterior logo após o início da escalada. A previsão era que retornassem no dia 1º de junho. Investigações iniciais sugerem que, apesar de possivelmente terem alcançado o cume, podem ter encontrado dificuldades ao descer, o que exige manobras técnicas de rapel. Uma barraca abandonada foi descoberta pela Polícia de Alta Montanha, revelando os desafios enfrentados pelo grupo.
Rapidamente, as autoridades peruanas solicitaram assistência do Ministério da Defesa e da Polícia Nacional para proceder com o resgate, a qual é complicada pela geografia do local, exigindo até mesmo o uso de helicópteros para alcançar a área remota.
Edson Vandeira era um fotógrafo renomado, conhecido por seu trabalho em aventura e natureza, com publicações destacadas pela National Geographic e pelo History Channel. Ele foi finalista do prêmio Wildlife Photographer of the Year em 2021 com uma impressionante série sobre os incêndios no Pantanal. Com nove expedições à Antártida no currículo, Vandeira se preparava para se tornar guia da Federação Internacional de Associações de Guias de Montanha (UIAGM/IFMGA).
Durante o período de busca, familiares e amigos de Edson e dos montanhistas mobilizaram esforços, fazendo apelos ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil e a autoridades peruanas para intensificar as operações de resgate. Organizações de montanhismo e apoiadores também se uniram em campanhas para arrecadar fundos, demonstrando a força da comunidade diante da tragédia. As autoridades, no entanto, ainda enfrentam o desafio de remover os corpos e encerrar este triste capítulo.
Esse acontecimento nos lembra da fragilidade da vida, especialmente nas imensas belezas da natureza que tanto amamos explorar. O que você pensa sobre os riscos que os aventureiros enfrentam nas montanhas? Compartilhe suas reflexões nos comentários.