A Genial Investimentos anunciou as mudanças mais recentes em suas carteiras recomendadas de fundos imobiliários (FIIs) para o mês de maio de 2025. A principal novidade ficou por conta da exclusão do KNIP11 da carteira com foco em valorização, uma decisão que pegou muitos investidores de surpresa. Em contrapartida, dois outros fundos ganharam espaço estratégico, refletindo a visão da casa sobre os setores mais promissores do mercado imobiliário neste momento.
Neste artigo, você confere os detalhes das alterações, a nova composição das carteiras “Valor” e “Renda”, além das justificativas da Genial para cada movimento — informações valiosas para quem busca otimizar sua carteira de FIIs com base nas tendências do momento.
Por que o KNIP11 foi excluído?
O fundo KNIP11, que até então fazia parte da carteira “Valor”, foi retirado após apresentar uma desvalorização de 7,5% no período. Segundo os analistas da Genial, essa performance abaixo do esperado comprometeu o desempenho do portfólio, o que motivou a decisão de substituí-lo.
A justificativa, no entanto, vai além da queda recente. De acordo com a equipe de análise da corretora, o fundo da Kinea apresenta atualmente um potencial de valorização mais limitado em relação a outras oportunidades do mercado, principalmente em um cenário de maior seletividade por parte dos investidores.
Reposicionamento estratégico: quem entrou no lugar?
Com a saída do KNIP11, a Genial aproveitou para reforçar sua aposta em dois fundos que, segundo a casa, apresentam maior assimetria de retorno: o HGRE11 e o CLIN11, ambos com aumento de peso de 5% na carteira de “Valor”.
O CLIN11 se destacou por seu portfólio de recebíveis com spreads atrativos e boa estrutura de garantias. Já o HGRE11, focado em lajes corporativas, tem se beneficiado da reocupação de imóveis vagos e, mais recentemente, da venda de ativos, o que pode se traduzir em dividendos extraordinários nos próximos meses.
Além disso, a Genial também mencionou uma visão positiva para o HGRU11, embora o fundo não tenha alterado sua participação na carteira. A expectativa é de que ele se beneficie de um processo gradual de reprecificação dos ativos e da melhora no nível de ocupação, o que pode elevar os dividendos recorrentes.
Carteira “Valor” para maio: foco em assimetria e recuperação setorial
Confira a nova composição da carteira “Valor” da Genial Investimentos:
Ticker Segmento P/VP Peso
CLIN11 Recebíveis 0,92 15,00%
HGRE11 Lajes corporativas 0,77 15,00%
RBRR11 Recebíveis 0,94 10,00%
VILG11 Logística 0,78 10,00%
BTLG11 Logística 0,97 10,00%
MALL11 Shoppings 0,84 10,00%
VCJR11 Recebíveis 0,92 10,00%
BTHF11 Multiestratégia 0,80 10,00%
BBIG11 Shoppings 0,75 10,00%
Carteira “Renda” segue intacta, apostando na estabilidade
Enquanto a carteira com foco em valorização passou por ajustes importantes, a carteira de “Renda” foi mantida sem alterações. A decisão reforça a confiança da Genial na resiliência dos fundos selecionados para geração de fluxo constante de dividendos.
Veja a composição atual da carteira “Renda”:
Ticker Segmento P/VP Peso
RBRR11 Recebíveis 0,94 20,00%
KNSC11 Recebíveis 1,00 15,00%
PLCR11 Recebíveis 0,89 12,50%
SPXS11 Multiestratégia 0,95 12,50%
HGRE11 Lajes corporativas 0,77 10,00%
KNCR11 Recebíveis 1,01 10,00%
JSRE11 Lajes corporativas 0,63 10,00%
MCCI11 Recebíveis 0,92 10,00%
Desempenho em abril: Genial supera o IFIX nas duas carteiras
Em abril, tanto a carteira “Valor” quanto a “Renda” da Genial superaram o desempenho do IFIX, que registrou alta de 3,01% no mês.
Carteira Valor: +3,85%
Carteira Renda: +3,07%
O destaque positivo da carteira “Valor” foi o BTHF11, com impressionante valorização de 8,56%. Já o RBRR11 teve o pior desempenho entre os FIIs dessa carteira, com ganho de apenas 1,12%.
Na carteira de “Renda”, o destaque foi o JSRE11, com alta de 7,81%. O KNCR11, por outro lado, foi o que mais pesou negativamente no portfólio, com queda de 0,32%.
Conclusão: mudanças refletem seletividade e busca por valorização
A atualização das carteiras da Genial para maio de 2025 reforça a necessidade de constante reavaliação dos ativos diante das mudanças macroeconômicas e setoriais. A exclusão do KNIP11, apesar de seu histórico sólido, mostra que até mesmo fundos consolidados podem perder atratividade dependendo do momento do mercado.
Para o investidor, acompanhar essas movimentações pode ser uma boa forma de ajustar sua própria carteira com base em análises profissionais, sem, no entanto, abdicar de uma avaliação individual de perfil e objetivos.