Nos bastidores da violência e das rivalidades entre facções, uma tragédia pessoal se desenrolava. Eweline Passos Rodrigues, conhecida como “Diaba Loira”, publicava um vídeo revelador pouco antes de sua morte. Na gravação, ela denunciava a covardia do Comando Vermelho (CV), que, segundo ela, assassinaram sua mãe, a única pessoa que lhe restava.
Com lágrimas nos olhos e uma mistura de raiva e tristeza, “Diaba Loira” clamava por justiça ao afirmar que havia rompido laços com o CV para se aliar ao rival Terceiro Comando Puro (TCP). “A guerra é entre nós, não entre famílias”, desabafou em um apelo emocional, deixando claro que a violência desmedida havia cruzado uma linha inaceitável.
A facção, ciente da fragilidade familiar de Eweline, teria atingido um ponto crítico ao mexer com quem ela mais amava. “Minha mãe morava longe, não tinha nada a ver com a minha vida. Eles sabiam disso. Agora, tudo que eu desejo é paz. Não queria mais guerras”, desabafou, revelando sua angustiante luta interior.
Eweline prometeu que o peso da justiça divina recairia sobre seus inimigos, especialmente aqueles que ameaçavam seus filhos. “A mão de Deus vai pesar em vocês”, declarou, reafirmando um poderoso e sombrio senso de proteção familiar apesar da adversidade. Na sequência, um segundo vídeo reforçou sua posição: para ela, família era algo intocável.
“Mexeu comigo, não mexe com os meus”, advertiu, elencando a gravidade da transgressão. Com maturidade, Eweline ponderou sobre a necessidade de paciência e sabedoria diante de tanta dor: “Vou deixar que a vontade de Deus prevaleça. Estou vivendo um dia de cada vez, tentando seguir em frente.” Ela terminou sua mensagem ressaltando que a linha não deveria ter sido cruzada, encerrando com a firme lembrança de que família sempre será prioridade.
A história de “Diaba Loira” é um retrato poderoso das consequências das guerras entre facções, ecoando os apelos por compaixão e a busca incessante por paz em meio à tragédia. Você também acredita que é preciso ressignificar a violência nas comunidades? Deixe sua opinião nos comentários.