No coração de Brasília, um drama se desenrola há 150 dias: Antony Davi, um garoto de apenas 11 anos, luta pela sua liberdade. Diagnosticado com distrofia muscular de Duchenne, ele se encontra internado no Hospital da Criança. Sua vida depende de um aparelho essencial, a Ventilação Não Invasiva (VNI) pelo BiPAP, que ele precisa para respirar durante o sono e evitar o risco de atrofia pulmonar.
Uma liminar do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) ordenou em abril que a Secretaria de Saúde fornecesse o equipamento, mas o pedido permanece sem atendimento, forçando Antony e sua mãe, Tatiane Dourado, a viverem entre os muros do hospital, dia e noite.
“Ele fica ansioso, porque está aqui apenas à espera do aparelho”, compartilha Tatiane, de 41 anos. A situação não só limita o garoto, mas também deixa sua mãe sem trabalho, dedicando-se inteiramente aos cuidados do filho. “Antony pode passar o dia fora, mas à noite precisa voltar para dormir com o equipamento”, explica, revelando a frustração de saber que ele já poderia estar em casa.
Antony Davi precisa de aparelho
Aparelho é necessário para Antony dormir
Criança pode ter pulmão atrofiado
Nos últimos meses, Antony enfrentou pneumonias e outras complicações, e sua saúde é um constante sinal de alerta. “Ele não só corre riscos, como ocupa um leito que poderia ser usado por outra criança”, argumenta Tatiane, expressando toda a angústia de uma mãe que apenas deseja o melhor para seu filho.
Apesar das dificuldades, Tatiane é grata à equipe do hospital, mas sente uma falta imensa do aconchego de casa. “Nosso maior desejo é garantir ao Antony qualidade de vida e o retorno ao lar, em segurança e dignidade, ao lado de quem ama”, confessa, com a esperança fincada no coração.
“Por isso, solicito a ajuda de todos que puderem interceder para que o aparelho BiPAP seja entregue o mais breve possível. Meu filho merece essa transição segura”, conclui, fazendo um apelo que ecoa por todos os que acreditam em um pouco mais de humanidade e compaixão.
O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde sobre o caso, que alegou que a responsabilidade recai sobre o Hospital da Criança. A unidade hospitalar também foi procurada, e uma resposta está pendente.
Se você se sensibilizou com essa história e acredita que a voz de Tatiane e de Antony deve ser ouvida, não hesite em deixar seu comentário ou compartilhar este relato. Juntos, podemos fazer a diferença.