5 agosto, 2025
terça-feira, 5 agosto, 2025

Crime da 113: Adriana Villela publica carta na véspera do julgamento

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Crime da 113 Sul

Na véspera do julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ), Adriana Villela decidiu compartilhar uma carta aberta, um desabafo profundo sobre o controverso caso que a colocou no centro das atenções: o Crime da 113 Sul. Nela, Adriana se refere a si mesma como a “algoz daqueles que mais amei na vida, meu sangue, minha essência: meus próprios pais e a querida Francisca”. Sua manifestação ocorre enquanto o tribunal discute a validade do júri que a condenou pelos assassinatos de seus pais e de uma funcionária da família.

O crime, que chocou o país, aconteceu em agosto de 2009, quando José Guilherme, Maria e Francisca foram brutalmente atacados em seu apartamento, localizado no sexto andar de um prédio na 113 Sul. Os autores desferiram mais de 70 facadas nas vítimas. No julgamento de 2019, o porteiro Paulo Cardoso Santana foi sentenciado a 62 anos de prisão, enquanto os coautores Leonardo Campos Alves e Francisco Mairlon receberam penas de 60 e 55 anos, respectivamente. O caso foi amplamente coberto no podcast Revisão Criminal, que detalhou tanto as teses da defesa quanto da acusação.

Em sua carta, Adriana defende sua posicionamento, enfatizando que suas relações familiares eram, como qualquer outra, repletas de altos e baixos. Ela critica duramente a utilização de uma carta escrita três anos antes dos crimes como prova de uma suposta inimizade com a mãe, ressaltando que essa interpretação distorceu a realidade do seu relacionamento familiar. “Como em qualquer família, nossos laços eram feitos de entendimentos e, por vezes, de desentendimentos”, escreve.

Adriana expressa a injustiça que sente: “Tenho sido terrivelmente injustiçada, mas ainda respiro”. Em um apelo por justiça, ela declara que, apesar dos esforços para desestabilizá-la, sua essência permanece intacta: “Eles podem tentar roubar minha paz, minha dignidade, minha história, mas jamais conseguirão destruir a minha alma, a minha essência”.

O julgamento, que estava agendado para a tarde de terça-feira, enfrenta incertezas. Em março, a Sexta Turma do STJ iniciou a análise do caso, mas a discussão foi suspensa após um pedido de vista. A leitura do voto do ministro Sebastião Reis, que pediu a vista, será o próximo passo quando o caso for retomado. É importante destacar que novas pausas no processo ainda são possíveis, prolongando a angústia e a expectativa de todos os envolvidos.

A complexidade emocional e judicial desse caso ressoa profundamente. O que você acha sobre a defesa de Adriana? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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