27 agosto, 2025
quarta-feira, 27 agosto, 2025

De “careca do INSS” a ministro de Dilma, saiba quem vai depor na CPMI

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os desvios ilegais em aposentadorias do INSS deu um passo decisivo ao aprovar, em reunião realizada dia 26 de agosto, a convocação de uma série de ex-ministros da Previdência, lobistas e advogados. Entre eles, estão figuras importantes dos últimos dez anos, incluindo 12 ex-presidentes do instituto e outros envolvidos nas irregularidades.

A dinâmica da CPMI foi moldada por um acordo entre o governo e a oposição, que decidiu que os ministros seriam convidados a comparecer, facilitando um ambiente menos conflituoso. Essa abordagem permite que as autoridades compareçam de forma opcional, diferentemente da convocação obrigatória, o que representa uma tentativa de suavizar o clima tenso.

Serão ouvidos representantes de todos os governos, de Dilma Rousseff até Luiz Inácio Lula da Silva. Um destaque é o ex-ministro Carlos Eduardo Gabas, que liderou a Previdência Social no governo Dilma, e que agora será questionado sobre sua gestão durante um período conturbado. Em contrapartida, o secretário da Previdência no governo Bolsonaro, Rogério Marinho, também está no foco das investigações.

A CPMI convocou, ainda, o empresário Maurício Camisotti, suspeito de ser um dos principais beneficiários do esquema de fraudes bilionárias, além de Antonio Carlos Camilo Antunes, mais conhecido como “careca do INSS”, que solicitou um habeas corpus para não depor. A expectativa é que o advogado Eli Cohen, que denunciou os desvios, seja um dos primeiros a depor.

Outro tema popular durante a reunião foi a possível convocação do sindicalista Frei Chico, irmão do presidente Lula. O presidente da CPMI, Carlos Viana, esclareceu que a convocação de Frei Chico dependerá da identificação de qualquer evidencia que o vincule ao esquema de desvio, mantendo a integridade do processo em foco.

As investigações que surgiram em dezembro de 2023 revelaram um escândalo de fraudes que se estendeu por uma série de associações de aposentados, levando a um inquérito pela Polícia Federal e à Operação Sem Desconto, que resultou na demissão de altos funcionários do INSS. Este é um desdobramento que vai além das fraudes em aposentadorias, refletindo uma crise de confiança nas instituições que devem proteger os direitos dos aposentados.

Convidamos você a compartilhar suas opiniões e reflexões sobre este tema. O que você acha que deveria ser feito para garantir a transparência e a justiça nessa situação? Comente abaixo e participe da conversa!

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