
No coração de Goiás, a cidade de Rio Verde se vê envolta em um escândalo que lançou luz sobre a corrupção na educação pública. O delegado Dannilo Ribeiro Proto, preso desde 21 de agosto, enfrenta graves acusações de desvio de recursos destinados a escolas estaduais, além de fraudes em contratações públicas. As denúncias, elaboradas pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), foram formalizadas em 1º de setembro, envolvendo não apenas o delegado, mas também sua esposa e mais sete indivíduos, todos alvos da Operação Regra de Três.
Essa operação, deflagrada em busca de desmantelar um esquema criminal supostamente liderado por Proto e sua esposa, revelou um quadro preocupante. Investigações indicam que, desde 2020, o grupo pode ter desviado mais de R$ 2,2 milhões dos cofres públicos, recursos que deveriam ser utilizados para reformas e obras em instituições de ensino. Como parte do processo, contas e bens dos envolvidos foram bloqueados judicialmente, visando o ressarcimento ao estado.
A primeira denúncia do MPGO inclui Proto e sua esposa, que atuou como coordenadora regional de Educação de Rio Verde entre 2019 e 2024. Outros membros do suposto esquema também foram implicados, com crimes relacionados ao Programa Reformar e à impressão de materiais pedagógicos do Revisa Goiás. Uma segunda denúncia, por sua vez, alega fraudes em contratações feitas através do mesmo programa e outras iniciativas da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
Além disso, informações sobre contratações fraudulentas para concursos públicos na Câmara Municipal de Rio Verde serão objeto de uma ação penal separada, que deverá ser apresentada nos próximos dias. A Polícia Civil de Goiás confirmou que qualquer envolvimento de seus servidores será investigado pela Corregedoria.
A Secretaria de Estado da Educação afirmou que não tinha conhecimento das irregularidades e que os acusados não fazem parte da atual gestão. Assim que tiver acesso aos documentos, iniciará uma apuração interna sobre as questões levantadas.
A defesa do delegado, contatada pelo Metrópoles, ainda não se manifestou. O enredo deste caso continua a se desdobrar, deixando a população ansiosa por respostas e responsabilizações. E você, o que pensa sobre essa situação? Deixe seu comentário abaixo e participe deste debate!