27 agosto, 2025
quarta-feira, 27 agosto, 2025

Demitido da TV Câmara por vídeos sensuais pede R$ 2 mi de indenização

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Jeldean Alves Silveira, um jornalista de 35 anos, está em busca de justiça após ser demitido da TV Câmara, onde trabalhou por 12 anos. Desde maio deste ano, ele move uma ação trabalhista contra a Câmara Municipal de São Paulo e a Fundação Padre Anchieta, pleiteando quase R$ 2 milhões por conta de uma dispensa que considera discriminatória.

O caso chamou a atenção após a vereadora Janaína Paschoal fazer uma reclamação sobre postagens no perfil pessoal de Jeldean, onde ele costumava compartilhar fotos em trajes íntimos. A partir desse incidente, a presidência da Câmara solicitou seu desligamento, desencadeando uma série de repercussões que resultaram em um inquérito civil aberto pelo Ministério Público de São Paulo.

Em sua ação judicial, Jeldean não apenas busca reparação por danos morais, mas também reivindica questões trabalhistas, como diferenças salariais e horas extras não pagas. Ele descreve seu trabalho na emissora com orgulho, ressaltando a dedicação que sempre teve ao projeto, e expressa seu desejo de que a justiça o ajude a reencontrar a paz em sua vida profissional.

“Eu trabalhava muito na Rede Câmara, acreditava no projeto e tinha muito orgulho do que eu fazia. Foram anos em que me dedicava ao máximo e fazia muito mais do que era pago. E, no final, fui tratado desta forma”, afirmou ao Metrópoles.

A conta pessoal do jornalista no Instagram apresenta conteúdos que, embora considerados sensuais, não incluem nudez explícita. Ele defende que utiliza as redes sociais para promover a diversidade e a autoaceitação, além de firmar parcerias com marcas de moda. Contudo, Janaína Paschoal classificou seu comportamento como “incompatível” com a função pública, afirmando que esse tipo de exposição não se alinha aos valores esperados em um funcionário de uma TV pública.

Durante uma reunião do Conselho Editorial da Rede Câmara, a vereadora fez um apelo aos servidores para terem cautela com suas vidas pessoais, insinuando que postagens possam ter consequências profissionais. Embora reconheça a liberdade de expressão, ela enfatiza que certos comportamentos não são adequados ao contexto de uma emissora pública.

O descontentamento de Jeldean, que se surpreendeu com sua demissão, levanta questões sobre preconceitos e julgamentos que podem ocorrer em ambientes profissionais. O ex-jornalista mencionou a potencial homofobia e a falta de alinhamento ideológico como fatores que poderiam ter influenciado sua demissão.

  • A vereadora Janaína Paschoal afirmou que não pediu diretamente a demissão de Jeldean, mas que reportou o caso à presidência da Câmara, descrevendo-o como um “caso específico” que foi solucionado.
  • A assessoria da presidência confirmou que pode solicitar substituições de colaboradores a qualquer momento, segundo seus critérios.
  • A Fundação Padre Anchieta, por sua vez, declarou que o desligamento ocorreu em meio a uma reestruturação do quadro funcional na gestão anterior.

Esse caso levanta importantes discussões sobre a liberdade de expressão no ambiente de trabalho e as potências de discriminação que podem surgir a partir de comportamentos pessoais nas redes sociais. O que você pensa sobre essa situação? Deixe sua opinião nos comentários!

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