
Após uma derrota contundente na escolha do presidente e do relator da CPMI do INSS, o governo se viu forçado a reavaliar sua estratégia. Lideranças governistas estão traçando planos para substituir membros de alguns partidos, buscando construir uma maioria mais sólida na comissão. Para os caciques do PT, o ideal é que deputados e senadores dispostos a comparecer às sessões sejam selecionados, evitando novos desastres, como o que ocorreu no dia 20 de agosto.
A escolha do senador Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente e do deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) como relator foi um sinal claro de que a oposição está assertiva. Entretanto, essa nova configuração pode trazer desafios ao governo, que pretende evitar convocações que possam expor vulnerabilidades, como a possível convocação de José Ferreira da Silva, irmão de Lula e envolvido em um delicado escândalo de descontos ilegais no INSS.

A estratégia do governo inclui buscar apoio do Centrão, visando garantir que os membros da comissão sejam mais alinhados aos interesses do Planalto. Contudo, essa busca por apoio tem uma barreira: a frustração interna. A ausência dos parlamentares aliados no encontro de instalação do colegiado causou um desconforto palpável entre os petistas, especialmente entre aqueles que não estão diretamente envolvidos na CPMI.
A falta de comparecimento levou a oposição a conquistar a presidência, com Viana derrotando o governista Omar Aziz (PSD-AM) por apenas três votos. Aziz, em uma autocrítica, reconheceu a desorganização do governo como um dos fatores-chave para a derrota: “Nós perdemos. Acho que o governo dormiu, como vem dormindo em muita coisa”, destacou o senador.

Sob a nova presidência, Alfredo Gaspar foi indiciado como relator, conforme um acordo com o Centrão, barrando a indicação de Ricardo Ayres (Republicanos-TO), proposta por Hugo Motta. Este movimento indica uma tentativa de alinhamento estratégico na luta pela preservação dos interesses governamentais, em um cenário que se configura complexo e cheio de interrogações.
A situação atual do governo nos lembra que alianças e articulações são cruciais na política brasileira. O que você acha que deve ser feito para fortalecer a presença do governo na CPMI? Deixe suas opiniões e comentários abaixo!