11 agosto, 2025
segunda-feira, 11 agosto, 2025

Desaparecimentos na Bahia aumentam mais de 14%; fenômeno pode estar relacionado à invisibilização de execuções

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Desaparecimentos na Bahia

Nos últimos dois anos, a Bahia viu um aumento alarmante de 14,8% no número de pessoas desaparecidas. Este dado chocante foi revelado pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025, publicado recentemente. Em 2022, eram 3.538 desaparecimentos, mas o número saltou para 4.066 em 2024, colocando a Bahia na terceira posição entre os estados com as maiores taxas de aumento, atrás apenas de Amapá e Sergipe.

O mesmo estudo também mostrou um leve aumento nas pessoas encontradas, que passaram de 836 para 876. Contudo, o cenário permanece sombrio, pois a violência oculta pode estar se manifestando através de desaparecimentos, especialmente em áreas marcadas por disputas entre facções e elevada letalidade policial. A pesquisa sugere que muitos desses casos são resultado de execuções e desaparecimentos forçados que não recebem a devida atenção.

O perfil das vítimas nos dá uma visão ainda mais preocupante: a maioria são homens (62,8%), pessoas negras (54,3%) e, notavelmente, adolescentes e jovens (53,5%). Essa realidade é um reflexo trágico de uma sociedade que luta contra a invisibilidade de seus cidadãos mais vulneráveis.

Recentemente, surgiram denúncias sobre falhas nos canais de comunicação do Departamento de Proteção à Pessoa (DPP) da Polícia Civil da Bahia. Relatos indicaram que os números disponíveis para denúncias de desaparecimento não estavam respondendo. Após questionamentos, o DPP inicialmente negou que os números citados eram oficiais, embora um deles estivesse de fato no site do departamento.

Após nova investigação, o DPP reconheceu o erro e atualizou os números de contato corretos: (71) 9631-6538; (71) 3116-0124; (71) 3116-0053. Essa situação ressalta a importância de um sistema de atendimento eficaz para tratar de questões tão sensíveis e críticas.

Se você conhece alguém que pode ajudar a trazer à luz essa questão, ou se tem experiências a compartilhar no combate aos desaparecimentos, deixe um comentário abaixo e faça parte desta conversa vital.

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