19 outubro, 2025
domingo, 19 outubro, 2025

Desastres climáticos por chuvas triplicam no Brasil em três décadas, aponta estudo da Unifesp

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Desastres Climáticos no Brasil

Em um alarmante sinal das transformações climáticas, o Brasil vive um crescimento exponencial nos desastres provocados por chuvas intensas. Um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revela que, entre 2020 e 2023, houve um impressionante aumento de 222,8% em comparação à década de 1990, somando 7.539 incidentes nos últimos quatro anos contra apenas 2.335 no período de 1990.

Este relatório, intitulado “Temporadas das Águas: O Desafio Crescente das Chuvas Extremas”, faz parte da série Brasil em Transformação, coordenada pela Aliança Brasileira pela Cultura Oceânica. O trabalho da Unifesp documenta não apenas a gravidade do fenômeno, mas também os padrões emergentes que denunciam um futuro incerto.

Os eventos registrados incluem enxurradas, inundações, temporais e deslizamentos de solo, com os maiores impactos sendo sentidos nas regiões Sul e Sudeste do país, onde a intensidade das chuvas e os riscos associados têm se agravado a cada ano.

Ronaldo Christofoletti, líder da pesquisa, destaca que “o aumento já está em curso. A mudança no regime de chuvas é real e vem sendo confirmada com dados de longo prazo”. O Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC) projeta que, até 2100, a precipitação pode aumentar em até 30% nessas regiões, enquanto o Norte e o Nordeste enfrentam um cenário oposto, com uma possível redução de até 40%, intensificando as desigualdades sociais e os riscos de catástrofes.

Entre 1991 e 2023, o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID) registrou 26.767 desastres associados às chuvas. Dentre estes, 64% foram de natureza hidrológica, predominando enxurradas (55%) e inundações (35%). Os eventos meteorológicos totalizaram 31%, com temporais representando 75% desse grupo, enquanto os desastres geológicos, como deslizamentos, corresponderam a apenas 5%.

Esse panorama dramático exige uma reflexão profunda sobre nosso futuro e as medidas que podemos tomar para mitigar as consequências. O que você acha que pode ser feito para enfrentar esse desafio crescente? Compartilhe suas ideias nos comentários!

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