Era uma noite comum na quadra da 112 Sul, onde um simples jogo de vôlei entre amigos se tornaria um triste marco na vida de todos. Isaac Augusto de Brito Vilhena de Moraes, apenas 16 anos, viu seus sonhos interrompidos de forma brutal ao ser assassinado a facadas durante um assalto, perpetrado por um grupo de adolescentes.
Conversando com o delegado Rodrigo Larizzatti, que acompanhou de perto as investigações na Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente (DCA I), ficamos sabendo que os sete jovens, todos moradores do Paranoá e Itapoã, inicialmente saíram de casa à procura de uma garota. Mas, ao longo do caminho, mudaram seus planos, optando por realizar assaltos.
Trinta minutos antes de a tragédia acontecer, eles já tinham abordado outra vítima, utilizando a mesma tática: pediam a senha do Wi-Fi para enganar e se aproximar. Assim que estavam perto, anunciavam o assalto, sem qualquer remorso. “Essa era a prática do grupo para perpetrar crimes”, explicou Larizzatti, ressaltando a ousadia e frieza dos adolescentes.
A indiferença demonstrada pelos jovens ao serem apreendidos chocou os policiais. Apenas um deles questionou se Isaac havia morrido; os demais reagiram com risadas e zombarias. O delegado Larizzatti descreveu a cena como impactante: “Foi um momento de total desprezo pelas leis e pelas vítimas. Eles não demonstravam empatia nem arrependimento.” Essa falta de compaixão levou os agentes a apelidarem o grupo de “demônios mirins”.
A natureza violenta da ação foi caracterizada como latrocínio, que envolve roubo seguido de morte. Um dos adolescentes já tinha passagens por tráfico de drogas. Durante o ataque, ele sacou uma faca e ameaçou Isaac, enquanto outros cúmplices invadiram a quadra para pegar os celulares deixados pelos jovens que jogavam.
Em uma tentativa heroica de proteger seus amigos, Isaac reagiu ao perceber o assalto. Câmeras de segurança capturaram o momento em que ele corre atrás dos criminosos, entrando em confronto com um deles. Apesar de sua bravura, ele foi ferido e caiu ao chão, onde foi socorrido.
Após o crime, os três adolescentes diretamente envolvidos fugiram, mas foram rapidamente localizados e apreendidos pela Polícia Militar do DF. Todos foram levados à DCA, onde permanecem sob a supervisão da Vara da Infância e Juventude.
Essa situação nos faz refletir sobre a violência que permeia nossas comunidades e o futuro das gerações mais jovens. Que mudanças são necessárias para que tragédias como essa sejam evitadas no futuro? Compartilhe suas ideias e vamos juntos discutir como podemos transformar essa realidade.