27 agosto, 2025
quarta-feira, 27 agosto, 2025

Diretor da AIEA afirma que inspetores retornaram ao Irã

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Em uma reviravolta significativa na dinâmica política do Oriente Médio, o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, anunciou que uma equipe de inspetores da instituição já está no Irã. Este é um marco importante, pois é a primeira vez que a AIEA retorna ao país desde os ataques israelenses e americanos que devastaram instalações atômicas em Teerã. O clima tenso entre o Irã e a AIEA se agravou após o país suspender a cooperação com a ONU, acusando a agência de não se pronunciar contra os bombardeios que danificaram suas estruturas nucleares.

“Estamos prontos para reiniciar as atividades no Irã”, declarou Grossi em uma entrevista à Fox News. Ele observou que existem várias instalações nucleares, algumas das quais sofreram ataques diretos, enquanto outras permaneceram intactas. A AIEA está discutindo como retomar seu trabalho eficazmente, buscando modalidades práticas que viabilizem essa reentrada em um ambiente tão delicado.

A revelação do retorno dos inspetores coincide com as negociações em andamento entre o Irã e as potências europeias, incluindo o Reino Unido, França e Alemanha, em Genebra. O Irã tenta evitar a reimposição de sanções que ameaçam o seu já frágil status, resultado do controverso acordo nuclear de 2015, que permanece paralisado.

Durante as conversações, o vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Kazem Qaribabadi, fez um apelo ao trio europeu, enfatizando a importância de dar “tempo e espaço à diplomacia”. Esta segunda rodada de diálogos representa um esforço contínuo para suavizar as tensões que surgiram após um ataque sem precedentes em junho, que não apenas interrompeu as negociações nucleares com os Estados Unidos, mas também esfria a relação de Teerã com a AIEA. Israel, por sua vez, defende os ataques como uma medida preventiva para evitar que o Irã desenvolva armas nucleares, um objetivo que Teerã nega veementemente.

As próximas etapas nas negociações e atividades de inspeção podem moldar o futuro da diplomacia nuclear na região. O que você acha dessa situação? O retorno dos inspetores da AIEA pode ser um divisor de águas? Compartilhe sua opinião nos comentários!

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