20 agosto, 2025
quarta-feira, 20 agosto, 2025

Diretor do IPAC destaca importância do reconhecimento das religiões de matriz africana na Bahia

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Reconhecimento das religiões de matriz africana na Bahia

Na vibrante Bahia, um rico mosaico de culturas entrelaça-se, e as religiões de matriz africana encontram um espaço de renascimento e reconhecimento. Atualmente, mais de dez terreiros estão oficialmente reconhecidos como patrimônio cultural, tanto pelo Iphan quanto pelo IPAC, garantindo que a história e a ancestralidade do povo preto sejam preservadas e celebradas.

Em uma entrevista reveladora ao *Bahia Notícias*, Marcelo Lemos Filho, historiador e diretor-geral do IPAC, ressalta a importância desse reconhecimento. Ele enfatiza que cada passo dado nesta jornada é fruto das lutas incansáveis dos movimentos sociais, que buscam afirmar e valorizar suas raízes. “Reconhecer um terreiro de candomblé não é exclusão, mas sim uma ampliação do nosso olhar sobre a diversidade religiosa”, afirma Lemos, mostrando que a valorização de um culto fortalece todos.

Além da preservação cultural, Marcelo destaca que os terreiros são fundamentais para recontar a história da Bahia, particularmente em relação às insurreições e à resistência do povo negro. Esses espaços sagrados narram histórias de coragem e sobrevivência, revelando a profunda contribuição histórica dos povos de terreiro para a construção do estado baiano.

Entretanto, a patrimonialização não vem sem desafios. O diretor aponta que os processos burocráticos são delicados e requerem uma abordagem cuidadosa. “É essencial que, ao tombar um terreiro, expliquemos claramente o que isso implica. Não queremos que a burocracia se torne mais um empecilho para nossos povos tradicionais”, esclarece Lemos, demonstrando uma preocupação genuína com o bem-estar das comunidades.

Com o compromisso de promover a pluralidade religiosa e a valorização da história, o IPAC caminha para garantir que as vozes e as histórias do povo preto na Bahia sejam não apenas reconhecidas, mas celebradas. Que possamos unir-nos nesse esforço de valorização, refletindo sobre a importância de cada cultura e suas contribuições. O que você pensa sobre a preservação da história das religiões de matriz africana? Compartilhe sua opinião!

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