Neste domingo (20), a tragédia se abateu sobre Gaza, com disparos israelenses resultando em mais de 80 mortes e 150 feridos. O ataque ocorreu em Beit Lahia, onde pessoas aguardavam a chegada de caminhões com farinha, fundamentais para a sobrevivência em meio à crise. Outras vidas foram perdidas em Rafah, próximo a um ponto de distribuição de ajuda. Fontes médicas relataram que esses tragédias refletem um quadro devastador, onde a ajuda humanitária se transforma em um cenário de horror.
O porta-voz da organização de primeiros socorros, Mahmoud Bassal, revelou que 67 vidas foram ceifadas devido a “disparos da ocupação”. Em um cenário que se agrava a cada dia, corpos de 37 palestinos foram trazidos ao Hospital Al Shifa, enquanto outros 19 foram encontrados na Clínica Sheikh Radwan. Testemunhas angustiadas informam que cerca de 50 corpos ainda estão espalhados pelas ruas, simbolizando a crescente tragédia. O Hospital de Campanha Al Saraya, impotente diante do fluxo de feridos, teve que expandir sua capacidade para atender os necessitados.
Enquanto isso, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) relatou uma caravana de ajuda chegando ao norte da Faixa de Gaza, onde multidões famintas enfrentam disparos. O Exército israelense justificou os disparos como medidas de alerta, negando o balanço de vítimas apresentado pela Defesa Civil. Em meio a essa situação desesperadora, aproximadamente dois milhões de palestinos enfrentam a iminente ameaça da inanição, fruto de mais de 21 meses de conflito que começou após um ataque do Hamas em 2023.
A Defesa Civil de Gaza revelou uma realidade ainda mais cruel: um aumento alarmante nas mortes de bebês por fome e desnutrição severa. Na última semana, três crianças perderam a vida em decorrência dessa tragédia. O papa Leão XIV também se manifestou sobre o que classificou como “barbárie”, clamando pelo fim do “uso indiscriminado da força” em sua oração de domingo.
Esses eventos dolorosos nos convidam à reflexão sobre a realidade enfrentada em Gaza e a urgência de uma resposta global. O que podemos fazer para ajudar? Compartilhe suas ideias e vamos juntos buscar caminhos para a mudança.