
Em meio a um tumulto social na Sérvia, Novak Djokovic, o ícone do tênis mundial e recordista de Grand Slams, decidiu se mudar para Atenas, na Grécia. Essa mudança, que ocorreu logo após sua participação nas semifinais do US Open, marca um novo capítulo na vida do atleta, cercado por tensões com o governo de seu país natal e acusações de traição. Recentemente, Djokovic já matriculou seus filhos, Stefan e Tara, na Saint Lawrence College, onde as aulas tiveram início neste mês.
A relação entre Djokovic e o governo sérvio se deteriorou desde dezembro, quando manifestações estudantis exigiram mudanças políticas e protestaram contra a corrupção. Um incidente trágico em uma estação de trem em Novi Sad, que deixou 16 mortos, fez com que o tenista se pronunciasse em apoio aos jovens protestantes, ressaltando seu desejo por um futuro melhor para a Sérvia. “A juventude é nossa maior força. O que todos precisamos é de compreensão e respeito”, declarou nas redes sociais.
Esta postura provocou críticas e desgastes nas suas relações com o presidente Aleksandar Vucic, que, no entanto, tenta manter publicamente uma boa relação com Djokovic, apesar de suas ações recentes, como a mudança do Torneio de Belgrado para a Grécia. “Eu nunca direi uma palavra ruim dele. Seria estúpido”, afirmou Vucic, evidenciando o conflito interno que sua administração enfrenta com a popularidade de Djokovic.
Após a mudança, Djokovic já foi visto jogando tênis no Kavouri Tennis Club e interagindo com fãs, reafirmando seu desejo de se integrar à nova cultura. A presença dele na Copa Davis contra o Brasil no dia 13 também promete ser um momento importante, onde ele representará seu novo “segundo país”. Além disso, o tenista fez questão de se manifestar em grego em apoio ao jogador de basquete Giannis Antetokounmpo, mostrando seu comprometimento com a Grécia.
Esse novo capítulo na vida de Djokovic não apenas reflete suas ambições pessoais e profissionais, mas também as complexas relações entre a política e o esporte. O que você acha dessa mudança? Comente abaixo e compartilhe suas opiniões sobre o futuro do tenista e sua relação com a Sérvia e a Grécia.