
O senador Marcos do Val, representante do Podemos no Espírito Santo, está no centro de uma controversa decisão do Supremo Tribunal Federal que resultou no congelamento de seu salário e na imposição de uma tornozeleira eletrônica. Enquanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, considera um afastamento discreto do mandato como uma solução temporária, o senador já deixou claro que não aceitará essa proposta.
A possível “saída honrosa” discutida por Alcolumbre envolve afastar do Val por seis meses, em troca da Advocacia Geral do Senado solicitar ao STF a retirada das restrições financeiras do senador. No entanto, essa sugestão não caiu bem entre os caciques partidários, que o rotularam como “um problema”. O líder de seu partido, Carlos Viana, não hesitou em buscar do Val para persuadi-lo a aceitar a proposta.
Em resposta, Marcos do Val foi enfático: “Não negocio com bandido”, referindo-se a Alexandre de Moraes e ao sistema judicial que o envolve. “Não cometi nenhum crime”, defendeu-se, reafirmando sua posição de não se submeter a um afastamento que considera indevido.
“Não! Eu não cometi nenhum crime. E não negocio com bandido”, afirmou.
Diante desse impasse, a tarefa de gerir a situação passada para o procurador do Senado, Alessandro Vieira, que conversará com Alcolumbre para definir os próximos passos. Isso ocorre em um momento em que Alcolumbre também está considerando reativar o Conselho de Ética, que permanece inativo há mais de um ano. A intenção é fortalecer a capacidade do Senado de lidar com questões internas, evitando assim a necessidade de intervenção externa, como a do STF.
Marcos do Val, além de estar sob investigação, ficou em evidência ao divulgar informações de delegados da Polícia Federal sobre inquéritos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. Recentemente, o senador realizou uma viagem aos Estados Unidos utilizando passaporte diplomático, desrespeitando ordens judiciais, e ao retornar, enfrentou uma operação da PF, resultando na imposição da tornozeleira eletrônica e na proibição do uso de redes sociais.
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