
Em um cenário que surpreendeu até os mais céticos, a pequena cidade de Pontal, localizada na região metropolitana de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, se tornou o centro de dois crimes horrendos em apenas quatro meses, em 2025. Com uma população que mal ultrapassa os 38 mil habitantes, este município, antes conhecido pela tranquilidade, agora enfrenta o peso de um passado recente sombrio, refletido nas reportagens que ecoam por todo o Brasil.
As investigações têm como foco duas tragédias distintas: uma mãe, Elisabete Arrabaça, e seu filho, Luiz Antonio Garnica, são acusados de envenenar a própria filha e nora, respectivamente, enquanto um adolescente, Alex Gabriel dos Santos, foi brutalmente assassinado por, supostamente, ter roubado um celular. Os crimes ocorreram em fevereiro e junho, respectivamente, e cada um deles revela facetas perturbadoras do mal que podem existir entre aqueles que deveriam ser as figuras mais próximas e confiáveis.
O envenenamento de Nathalia Garnica começou a ser investigado quando as autoridades reavaliaram a morte de Nathalia, que inicialmente foi considerada natural. A revelação de que Elisabete teria envenenado sua nora, Larissa Rodrigues, culminou na exumação do corpo de Nathalia e em novos exames que confirmaram o envenenamento. “Até então não tínhamos nenhuma posição a respeito da morte da Nathalia, mas com o laudo está claro que houve um crime macabro”, afirmou o delegado Fernando Bravo, revelando um quadro aterrorizante do que poderia ser a dinâmica familiar.
A descoberta de uma carta escrita por Elisabete dentro da prisão, na qual ela se exime da culpa e sugere que a própria filha havia colocado veneno em um remédio, apenas complicou ainda mais a situação. Os laudos contradizem suas alegações, e as investigações continuam a aprofundar-se em uma história repleta de traições e mistérios.

Paralelamente, um crime chocou a cidade ainda mais: Alex Gabriel dos Santos, apenas 16 anos, foi torturado e morto após ter levado um celular esquecido em um depósito. Os envolvidos, quatro homens e uma mulher, responderão por homicídio qualificado, e a brutalidade do crime expõe uma realidade aterrorizante, onde um simples ato de “furto” resulta em violência extrema. O relato das atrocidades cometidas contra Alex é desolador e faz questionar até onde pode ir a violência e a vingança em uma sociedade que se considera pacata.
Apesar da notoriedade negativa, os dados de segurança apontam que Pontal não é tradicionalmente violenta. De janeiro a maio de 2025, foram registrados poucos homicídios e um número elevado de furtos. Esses crimes, embora impactantes, levantam um debate importante sobre a verdadeira natureza da violência em comunidades pequenas, onde a convivência costuma ser pautada pela paz e harmonia.
Com um futuro nebuloso à frente, Pontal agora se defronta com a urgência de entender o que aconteceu e como dois casos tão distintos puderam ocorrer em um intervalo tão curto. A população, amedrontada e dividida entre a incredulidade e o estado de alerta, se pergunta: o que mais está escondido sob a superfície dessa pacata cidade? Compartilhe suas opiniões e reflexões sobre esses trágicos eventos nos comentários!