Em um dia marcado pela leve alta de 0,10%, o Ibovespa se mantém próximo aos 145 mil pontos, refletindo uma leve perda de 0,29% na semana. Apesar de registrar um desempenho otimista em pregões anteriores, o índice fechou a tarde de sexta-feira (26) em um cenário misto, enquanto o dólar apresentou queda moderada de 0,49%, fechando a R$ 5,3360.
O real mostrou resiliência diante da desvalorização global do dólar, impulsionado pela ausência de surpresas negativas nas expectativas de inflação dos EUA. A expectativa por possíveis cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve, conforme indicado por suas autoridades, ajudou a fortalecer a moeda nacional. O desempenho do dólar flutuou entre R$ 5,3360 e R$ 5,3663 ao longo do pregão.
No entanto, a oscilação do câmbio não pode ser dissociada do cenário político brasileiro, especialmente com as especulações sobre a entrada do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na corrida presidencial de 2026. Apesar disso, o comportamento do dólar nesta semana teve forte influência de fatores globais.
Um ponto notável foi a sessão de terça-feira, quando o dólar ultrapassou a barreira de R$ 5,30, fechando a R$ 5,2791, impulsionado por otimismo em relação à possível redução de tarifas dos EUA. O presidente Donald Trump elogiou o líder brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a Assembleia Geral da ONU, mencionando uma “excelente química” entre os dois.
O índice DXY, que mede a força do dólar perante uma cesta de moedas, mostrou uma leve queda, mas ainda encerrou a semana acima dos 98,000 pontos, refletindo uma alta de cerca de 0,50% no mês. As notícias da inflação e do sentimento do consumidor nos EUA tiveram repercussão significativa, com o último índice caindo abaixo das expectativas.
No campo das transações internacionais, o Banco Central reportou um déficit de US$ 4,669 bilhões em agosto, com um rombo de 3,51% do PIB em 12 meses, o menor valor desde janeiro. Apesar de um fluxo positivo de investimentos diretos de US$ 7,989 bilhões, a situação continua desafiadora.
O Ibovespa enfrentou um leve retrocesso em um cenário de realização de lucros. Após ter atingido máximas históricas na semana anterior, a estabilidade foi a tônica desta sexta-feira, marcando 145.446,66 pontos ao final da sessão. As ações de grandes bancos apresentaram desempenho positivo, destacando-se a alta da Unit de Santander.
No entanto, o dia não foi favorável para todas as ações. Papéis como Vale ON e Petrobras sofreram quedas, enquanto empresas como Pão de Açúcar e Vamos brilharam na ponta ganhadora do índice. A situação da Braskem se delineou mais complicada, com uma queda abrupta em seus títulos de dívida.
O cenário financeiro nacional se desdobra em meio a um panorama global em transformação. O que você acha que vem a seguir? Compartilhe suas opiniões e previsões sobre o mercado nos comentários abaixo!