Na última segunda-feira (15), o cenário econômico apresentou uma reviravolta interessante. O dólar recuou 0,61%, fechando em R$ 5,321, atingindo seu menor patamar desde junho de 2024. Durante o dia, a moeda americana chegou a ser negociada a R$ 5,309. Enquanto isso, a Bolsa mostrou força, com o Ibovespa avançando 0,90% e encerrando o dia aos 143.547 pontos, superando seu recorde anterior de 143.150, estabelecido em 11 de setembro. Em sua máxima, o índice alcançou impressionantes 144.194 pontos.
Esses movimentos estão profundamente conectados às expectativas em relação às políticas monetárias que serão anunciadas na chamada Superquarta, no dia 17. O foco está no Federal Reserve (Fed), que pode iniciar um ciclo de cortes de juros, reduzindo sua taxa básica em 0,25 ponto percentual. Em contrapartida, o Banco Central brasileiro deverá manter a Selic em 15% ao ano. Essa perspectiva de juros mais baixos nos EUA torna os títulos americanos menos atraentes e potencializa a valorização de moedas de países emergentes, como o real.
Além disso, o Boletim Focus atualizou suas previsões, reduzindo a estimativa de inflação de 2025 de 4,85% para 4,83%. Para 2026, a projeção se manteve estável. Em relação ao crescimento, o IBC-Br, que serve como uma prévia do PIB, registrou uma queda de 0,5% em julho, o terceiro recuo consecutivo, superando a expectativa de uma contração de 0,2%. Naor Estados Unidos, o índice Empire State, indicador da atividade industrial em Nova York, caiu para -8,70 em setembro, após registrar 11,90 em agosto, reforçando os sinais de desaceleração que sustentam as expectativas de cortes de juros.
Nos mercados internacionais, as performances foram variadas. O S&P 500 e o Nasdaq renovaram seus recordes na Wall Street, enquanto o Dow Jones também avançou levemente. Na Europa, a maioria dos índices fechou em alta, exceto Londres. Na Ásia, a situação foi mista, com ganhos em Hong Kong e Seul, mas quedas em Xangai, Taiwan e Sydney.
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