Uma nova maré trouxe boas notícias para o mercado financeiro: o dólar fechou a sessão de segunda-feira (30) a R$ 5,43, marcando o menor nível desde setembro do ano passado. Depois de um semestre conturbado, a moeda americana encerra junho com uma desvalorização de 4,99%, enquanto o índice da B3, o Ibovespa, acumula uma alta de 1,33% no mesmo período.
O recuo do dólar foi impulsionado por um cenário global de enfraquecimento da moeda, exacerbado por uma queda nas taxas dos Treasuries. A expectativa é que o Federal Reserve, sob pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, possa adotar cortes de juros ainda este ano, o que estimulou o apetite ao risco nas divisas emergentes e favoreceu o real.
Com mínima registrada em R$ 5,4247, a moeda norte-americana encerrou a jornada com queda de 0,89%, fechando em R$ 5,4341. O desempenho do real foi o melhor entre as principais moedas, seguido pelo peso chileno. No plano externo, o índice DXY, que mede a força do dólar em relação a uma cesta de divisas, caiu cerca de 0,50%, refletindo uma desvalorização de 2,6% somente em junho.
Do lado da B3, o dia foi marcado pela reviravolta positiva do Ibovespa, que recebeu um impulso extra da Petrobras. Com um fechamento a 138.854,60 pontos, o índice viu uma ascensão desde os 136.429,87 pontos. O comércio financeiro na bolsa superou R$ 20,5 bilhões, e a alta representa uma continuidade de um ciclo positivo iniciado em março, que alcançou 6,08% nesse mês, seguido por avanços de 3,69% em abril e 1,45% em maio.
Esse primeiro semestre foi o melhor do Ibovespa desde 2016, superando o desempenho de 2019. Agora, com um ganho acumulado de 15,44% no ano, o cenário demonstra um forte fluxo de investimentos estrangeiros no Brasil, sendo este o maior saldo dos últimos três anos. Apesar da queda da Vale ON, as ações de bancos e outras empresas como MRV e Magazine Luiza brilharam na sessão, compensando as perdas no mercado.
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