16 setembro, 2025
terça-feira, 16 setembro, 2025

Dólar emenda 5º pregão de queda e fecha a R$ 5,29 na véspera da Super Quarta; Ibovespa supera os 144 mil pela 1ª vez

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DÓLAR CAI AGORA MAS EXPECTATIVA É DE ALTA

Em um cenário marcado por otimismo nos mercados, a moeda norte-americana fechou esta terça-feira (16) com uma queda de 0,44%, atingindo seu menor valor desde 6 de junho de 2024. Este movimento é impulsionado por expectativas de cortes nos juros nos Estados Unidos e pela manutenção da Selic no Brasil, à espera da Super Quarta (17).

O dólar emendou sua quinta queda consecutiva, finalmente rompendo a barreira de R$ 5,30, mesmo após resultados positivos de vendas no varejo e na indústria nos EUA. Investidores continuam otimistas, apostando na possibilidade de uma redução de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros americana até o fim do ano.

No Brasil, o real se destacou entre as moedas emergentes, mesmo que com ganhos mais modestos do que outras divisas latino-americanas. Enquanto o euro atingiu seu maior nível em quatro anos em comparação ao dólar, o índice Dollar Index (DXY) caiu mais de 0,60%, furando o piso de 97,000 pontos, refletindo uma queda de quase 11% no ano.

Após atingir uma mínima de R$ 5,2919, o dólar à vista encerrou em R$ 5,2981. Com uma queda acumulada de 2,54% nas últimas cinco sessões, a moeda tem apresentado um recuo de 2,28% em setembro, depois de já ter sofrido uma baixa de 3,19% em agosto.

As expectativas em relação à Super Quarta indicam que a combinação de um corte nos juros pelo Federal Reserve e a manutenção da Selic em 15% deve resultar em uma nova valorização do real. Um ambiente de baixa volatilidade torna as operações de carry trade ainda mais atraentes.

No Brasil, dados positivos do mercado de trabalho reforçam a tendência de que o Comitê de Política Monetária (Copom) manterá a Selic até pelo menos janeiro de 2026. Recentemente, o IBGE revelou que a taxa de desemprego caiu para 5,6%, a menor desde o início da série histórica em 2012.

Enquanto todos os olhos se voltam para a Super Quarta, o cenário fiscal brasileiro ganhou menos destaque. O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Renan Calheiros, anunciou a pauta de um projeto que limita a dívida da União e uma proposta alternativa sobre a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil.

Na reta final do pregão, a saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi hospitalizado, influenciou a movimentação dos juros futuros e o dólar, que já estava em queda. A fragilidade de Bolsonaro parece fortalecer a candidatura de Tarcísio de Freitas, o que é visto com bons olhos pelos investidores.

Bolsa também se destacou, com o Ibovespa testando a marca dos 144 mil pontos, encerrando o pregão em um novo pico histórico. Com uma alta de 0,36%, atingiu 144.061,74 pontos, destacando-se em um giro financeiro de R$ 21,5 bilhões. O índice acumula uma alta de 19,77% no ano.

Apesar da volatilidade nas ações dos grandes bancos, o Ibovespa manteve sua força, com desempenho misto entre os principais papéis. Ações de commodities apresentaram flutuações moderadas, com Vale e Petrobras em alta, enquanto Marfrig e Lojas Renner brilharam na ponta ganhadora do índice. Por outro lado, Hapvida, Natura e Telefônica Brasil enfrentaram perdas.

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