Na abertura de setembro, o dólar registrou leve alta, encerrando o dia em R$ 5,4401, um aumento de 0,33%. Após um mês de agosto com desvalorização de 3,19% frente ao real, a moeda americana ainda se aproxima da faixa dos R$ 5,44. Essa alta é consequência de um movimento de ajustes no mercado, refletindo uma cautela exacerbada diante do cenário fiscal do Brasil e o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Adicionalmente, a queda do minério de ferro, impactada por dados decepcionantes do setor de construção na China, agiu como um peso extra sobre o real. Enquanto isso, as divisas emergentes na América Latina apresentaram perdas, embora o peso mexicano tenha se valorizado levemente. É interessante notar que, apesar da alta atual, o dólar acumulou uma perda de 11,98% no ano, destacando-se o real como a moeda com melhor desempenho entre os pares latino-americanos.
A recente proposta do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) inclui um superávit primário de R$ 34,5 bilhões, representando 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, a implementação desse superávit depende da exclusão de despesas como precatórios, o que levanta questões sobre a real situação fiscal do país.
No cenário da bolsa, o Ibovespa também sofreu uma leve queda de 0,10%, fechando a 141.283,01 pontos, após um dia de baixos volumes devido ao feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos. O índice teve uma oscilação que variou entre 140.878,30 e 141.949,94 pontos. Entre os destaques de ganhos, Raízen, Cosan e Fleury se destacaram, enquanto Auren, Vamos e Braskem estiveram entre as maiores quedas.
A próxima semana será crucial, com uma agenda econômica repleta, incluindo a divulgação do PIB e, claro, o aguardado julgamento de Bolsonaro. Este evento deixa a economia sob vigilância, especialmente pelos tentáculos das relações comerciais e diplomáticas entre Brasil e EUA. Em um cenário onde se espera uma possível redução nas taxas de juros pelo Federal Reserve, a espera é por um impacto que possa acelerar a antecipação da redução da Selic para o final de 2025.
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