20 agosto, 2025
quarta-feira, 20 agosto, 2025

Dólar fecha em alta com tensão Brasil-EUA após decisão de Dino; Ibovespa tem perda com pressão de bancos

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VENDA DÓLARES CAI APÓS INTERVENÇÃO DO BC

O mercado financeiro brasileiro viveu um dia marcado por tensão, com o dólar fechando em alta a R$ 5,50. A decisão do ministro Flávio Dino, que estabeleceu que a Lei Magnitsky não se aplicaria automaticamente no Brasil, gerou apreensões, especialmente entre os bancos. No mesmo dia, o Ibovespa registrou uma queda significativa, pressionado pela vulnerabilidade do setor financeiro.

Durante a tarde, o dólar subiu para R$ 5,5059, alcançando um fechamento de 1,22% mais alto em relação ao dia anterior, o que representa o maior valor desde 5 de agosto. A incerteza acerca das relações entre Brasil e EUA, exacerbada pela decisão de Dino, levou investidores a reavaliarem suas estratégias, provocando vendas massivas de ações de grandes bancos na B3.

Embora a questão seja específica, a decisão também é vista como uma proteção aos cidadãos brasileiros contra possíveis sanções dos EUA, especialmente em relação ao ministro Alexandre de Moraes. A situação se complica com os bancos buscando orientação legal para evitar sanções, enquanto se sentem encurralados pela legislação brasileira, que entra em conflito com as exigências externas.

No cenário internacional, o índice DXY, que mede o comportamento do dólar frente a outras moedas fortes, apresentou leve alta, refletindo um panorama cauteloso entre os investidores. A expectativa por press releases do Federal Reserve e dados econômicos nos EUA deixa o mercado em compasso de espera, enquanto as construções de moradia nos Estados Unidos aumentarão a pressão sobre a moeda.

As ações do setor financeiro sofreram as maiores perdas, como o Banco do Brasil (-6,03%) e Itaú (-3,04%), o que resultou na maior queda porcentual do Ibovespa em mais de quatro meses. Com uma queda de 2,10%, o índice encerrou o dia a 134.432,26 pontos, o menor nível desde 5 de agosto. A volatilidade nas ações reflete a crescente incerteza política e econômica.

A decisão de Flávio Dino e suas repercussões reforçam a necessidade de maior estabilidade nas regulações que governam o setor financeiro no Brasil. À luz desse cenário, destacam-se os poucos vencedores do dia, como Minerva e Suzano, que conseguiram fechar em alta, contrastando com o cenário predominantemente negativo. O presidente Lula deve convocar uma reunião ministerial para discutir a situação.

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