13 agosto, 2025
quarta-feira, 13 agosto, 2025

Dólar fecha em alta, cotado a R$ 5,40; Ibovespa recua aos 136,6 mil pontos

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Foto de notas de dólar americano

Em uma quarta-feira agitada nos mercados financeiros, o dólar apresentou uma leve alta, encerrando o dia cotado a R$ 5,40, com um aumento de 0,27%. Essa movimentação contrasta com a trajetória do Ibovespa, que caiu 0,89%, encerrando aos 136,6 mil pontos. O dia foi marcado pela volatilidade, especialmente após o câmbio ter rompido a barreira dos R$ 5,40 no fechamento anterior.

O aumento do dólar não foi unicamente desencadeado pelo recente pacote do governo Lula, que visa mitigar o impacto das tarifas dos EUA. Esse pacote, que trouxe um certo desconforto fiscal, acabou não sendo a principal razão para a depreciação do real. Especialistas creditam a queda do real a ajustes naturais de posições no mercado e à realização de lucros, além de fatores externos como a diminuição dos preços do petróleo e a desvalorização de outras moedas emergentes, como o peso mexicano.

O ponto alto do dia ocorreu quando a moeda norte-americana atingiu R$ 5,4113 pela manhã, mas fechou em R$ 5,4018. Apesar da alta, a moeda acumula uma perda de 0,63% na semana e 3,55% no mês, enquanto no acumulado do ano apresenta uma queda de 12,60% frente ao real.

Durante a tarde, o governo detalhou um pacote que inclui um crédito extraordinário de R$ 30 bilhões e um aporte adicional de R$ 4,5 bilhões em fundos de garantia para exportações, além da extensão do Reintegra, que oferece devolução parcial de tributos aos exportadores. No cenário internacional, o Dollar Index (DXY) demonstrou fraqueza, atingindo 97,626. As apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve aumentaram, com a probabilidade de um corte em setembro subindo para quase 100%.

O Ibovespa, por sua vez, enfrentou dificuldades ao tentar se firmar acima dos 137 mil pontos, representando um recuo frente ao dia anterior. As incertezas em relação à economia brasileira, exacerbadas por dados do varejo abaixo das expectativas, influenciaram de forma negativa o desempenho do índice. O ambiente de juros elevados e a fragilidade econômica refletem preocupações sobre a geração de caixa das empresas.

Na ponta negativa do Ibovespa, ações de empresas de varejo e consumo, como CVC e Pão de Açúcar, caíram significativamente. Em contrapartida, MRV e SLC Agrícola se destacaram com altas. As blue chips também tiveram um dia predominantemente negativo, exceto por leve recuperação nos papéis do Banco do Brasil, enquanto Vale e Petrobras fecharam em queda, acompanhando a correção dos preços do petróleo.

Após um início de agosto promissor, onde o Ibovespa atingiu ganhos consecutivos, o índice agora luta para deixar a zona entre 135 e 137 mil pontos. A pressão para romper a resistência dos 138 mil pontos persiste, à medida que o mercado absorve as recentes notícias e desenvolvimentos econômicos.

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