
Nesta quarta-feira (6), o dólar recuou significativamente, encerrando o dia a R$ 5,4632, uma queda de 0,78% e atingindo o menor patamar em quase um mês. Esse movimento pode ser atribuído ao crescente otimismo no mercado, impulsionado por expectativas em torno de cortes de juros pelo Federal Reserve. O clima favorável para as divisas emergentes levou os efeitos das novas tarifas sobre as exportações brasileiras para segundo plano, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou que não haverá retaliações contra os Estados Unidos.
Do lado externo, uma nova fase na guerra comercial emergiu com os EUA impondo tarifas de 25% sobre importações vindas da Índia, em resposta à sua compra de petróleo da Rússia. Isso impactou os preços da commodity, que oscilaram ao longo do dia, fechando com uma baixa superior a 1%.
O dólar alternou entre momentos de leve alta e uma tendência de baixa marcada, com uma mínima registrada em R$ 5,4591. Ao final, a desvalorização acumulada no mês de agosto atinge 2,46%, seguindo um aumento de 3,07% em julho. Além disso, a moeda estrangeira já apresenta uma perda de 11,60% em relação ao real no ano.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, também recuou em torno de 0,60%. Com os mercados emergentes, o rand sul-africano se destacou com ganhos, enquanto o peso chileno apresentou uma desvalorização de mais de 0,80%.
O Banco Central divulgou que o fluxo cambial foi positivo em US$ 2,010 bilhões na semana anterior, resultado de uma entrada líquida pelo comércio exterior. Por outro lado, o fluxo total de julho foi negativo em US$ 301 milhões, refletindo a saída líquida acumulada de US$ 14,646 bilhões nos primeiros sete meses do ano, um dos resultados mais baixos da série histórica.
No mercado de ações, o Ibovespa teve um desempenho animador, fechando em 134.537,62 pontos, um aumento de 1,04%. Essa foi a maior alta desde 24 de julho, refletindo um giro de R$ 22,2 bilhões. As ações do Itaú, que subiram 1,26% impulsionadas por um balanço robusto, desempenharam um papel importante nesse crescimento. O banco anunciou lucro recorde e perspectivas positivas, além de planos de distribuição de dividendos adicionais no futuro.
Enquanto o Brent e o WTI enfrentaram perdas devido a preocupações com a oferta, a Petrobras apresentou leve ganho em suas ações. Contudo, a performance da Vale não acompanhou a tendência, recuando 0,63% e limitando o crescimento do Ibovespa.
Entre as grandes altas do índice, a RD Saúde liderou com impressionantes +18,67%, acompanhada por MRV (+7,24%) e Minerva (+6,28%). Por outro lado, Pão de Açúcar, Raízen e SLC Agrícola foram as principais perdas do dia.
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