Na última terça-feira, o dólar atingiu um marco significativo, fechando abaixo da linha de R$ 5,40 pela primeira vez em mais de um ano, cotado a R$ 5,3870. Essa desvalorização de 1,01% é resultado de um conjunto de fatores que, tanto externos quanto internos, diminuíram a percepção de risco sobre a economia brasileira.
Internacionalmente, a inflação moderada nos Estados Unidos durante julho reanimou as expectativas de que o Federal Reserve iniciará um ciclo de cortes nas taxas de juros já em setembro. Com juros mais baixos em terras norte-americanas, o dólar tende a se enfraquecer globalmente, o que teve um reflexo imediato no Brasil.
No cenário interno, a alta de 0,26% do IPCA em julho ficou abaixo das projeções do mercado, evidenciando a eficácia do aperto monetário adotado pelo Banco Central brasileiro. Mesmo com a expectativa de início de cortes na taxa Selic em janeiro de 2026, a diferença entre os juros internos e externos permanece significativa, mantendo o real como uma opção atraente para investidores.
Em agosto, o dólar já acumula uma desvalorização de 3,82%, totalizando 12,83% no ano. O real destacou-se entre as divisas emergentes, apresentando o segundo melhor desempenho, atrás apenas do peso colombiano. Analistas do mercado financeiro estão cada vez mais otimistas, prevendo que a queda do dólar poderá se intensificar nos próximos meses.
A Bolsa de Valores brasileira também refletiu esse otimismo, fechando com alta de 1,66%, impulsionada por resultados financeiros positivos de várias empresas. O Ibovespa teve crescimento notável, com ações da Sabesp e do BTG Pactual em destaque, registrando valorização significativa após reportarem lucros no segundo trimestre.
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