4 setembro, 2025
quinta-feira, 4 setembro, 2025

Dólar recua e Ibovespa emenda 3ª perda com julgamento de Bolsonaro e Fed

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Dólar

No fechamento de hoje, o dólar registrou uma leve queda, cotado a R$ 5,45, após um período de valorização que durou três pregões. O retraimento da moeda americana, que havia acumulado um aumento de 1,27%, coincidiu com a divulgação de dados menos otimistas sobre o mercado de trabalho nos EUA, além de declarações do Federal Reserve (Fed) que impactaram globalmente as taxas de câmbio. Essa combinação fez com que o real se beneficiasse, acompanhando a tendência de queda do dólar.

Embora o dólar tenha registrado uma mínima de R$ 5,4345, seu valor de fechamento foi de R$ 5,4529, revelando uma desvalorização de 11,77% no acumulado do ano. No cenário interno, as incertezas sobre a possível condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro – devido a acusações de tentativa de golpe de Estado – ainda pairam sobre os investidores, inibindo uma recuperação mais robusta da moeda nacional. A defesa de Bolsonaro destacou que o Supremo Tribunal Federal não pode realizar julgamentos políticos, defendendo sua inocência.

Em relação ao fluxo cambial, o Banco Central anunciou que na semana passada houve um resultado negativo de US$ 230 milhões, elevando o saldo de agosto para uma perda acumulada de US$ 2,063 bilhões. Este saldo negativo reflete um fluxo total de US$ 16,904 bilhões desde o início do ano, evidenciando preocupações sobre a saúde econômica brasileira.

No exterior, o Dollar Index, que mede o desempenho do dólar em relação a seis moedas fortes, recuou cerca de 0,20%, caindo para 98,200 pontos, após atingir uma mínima de 98,014 pontos. As taxas de juros dos Treasuries com vencimento de dez e 30 anos também caíram significativamente. O relatório Jolts revelou que em julho houve a abertura de 7,181 milhões de postos de trabalho nos EUA, número abaixo das expectativas, o que aumentou a ansiedade em relação ao relatório de emprego que será divulgado na próxima semana.

Em meio a esse cenário, o Ibovespa perdeu força, finalizando a sessão em 139.863,63 pontos, uma queda de 0,34%. O índice oscilou entre 139.581,88 e 140.495,88 pontos durante o dia, com um volume negociado de R$ 17,5 bilhões. O desempenho do índice reflete uma desvalorização de 1,10% na semana e, embora tenha subido 16,28% no ano, a volatilidade observada recentemente levanta questionamentos sobre a direção futura do mercado.

Dentre as ações mais negociadas, a Vale se destacou com um leve aumento de 0,38%, enquanto as ações da Petrobras caíram, refletindo ajustes em função da queda do Brent. Notavelmente, empresas como Cosan (+8,00%), Raízen (+4,96%) e Pão de Açúcar (+2,93%) tiveram desempenho positivo, enquanto Brava (-2,97%), IRB (-2,24%) e Ambev (-2,14%) mostraram perdas expressivas.

O desempenho do mercado acionário em Nova York, particularmente do Nasdaq, que avançou 1,02%, também teve suas raízes na leitura abaixo das expectativas sobre o número de vagas em aberto nos EUA, ampliando as apostas em cortes de juros pelo Fed, o que deu um suporte bem-vindo às ações. O cenário financeiro está se moldando rapidamente, e a atenção está voltada para os desdobramentos futuros.

O que você acha dessa movimentação do dólar e do Ibovespa? Comente abaixo suas impressões e como você enxerga o cenário econômico diante dessas mudanças.

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